Avaliação da migração vertical da cicatriz pós-abdominoplastia clássica com fixação do retalho abdominal inferior
AUTOR(ES)
Kaufmann, Paul, Prado, Luís Gustavo Moraes, Basile, Vinícius Volpe D'Angieri, Mazzarone, Francesco, Pitanguy, Ivo
FONTE
Revista Brasileira de Cirurgia Plástica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
INTRODUÇÃO: Na cirurgia plástica, uma constante preocupação é a cicatriz pós-operatória. É muito importante para o cirurgião conhecer a evolução natural da cicatriz. A cicatriz de abdominoplastia tem a tendência natural de subir com o passar do tempo. Neste estudo, calculou-se a migração vertical natural da cicatriz pós-abdominoplastia, avaliando o efeito da fixação do retalho abdominal inferior na prevenção dessa ascensão. MÉTODO: Estudo prospectivo e randomizado, realizado na 38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro durante o ano de 2010, incluindo 20 pacientes do sexo feminino com indicação de abdominoplastia, divididas em dois grupos, A e B, aleatoriamente. Nas pacientes do grupo A, foi realizada abdominoplastia clássica, segundo técnica preconizada pelo Prof. Ivo Pitanguy, e no grupo B foi incluída a fixação do retalho abdominal inferior por meio de sutura interessando a fáscia de Scarpa e a aponeurose do músculo reto abdominal. Duas semanas e seis meses após a cirurgia, foi medida a distância vertical em 16 pacientes, após aplicação dos critérios de exclusão, calculando-se a média de migração vertical e a diferença média entre os dois grupos. RESULTADOS: A diferença média de migração vertical ao longo de toda a cicatriz foi de 0,4 cm, sendo a média geral de migração nos grupo A (controle) e B (casos com fixação) de 1,06 cm e 0,68 cm, respectivamente. CONCLUSÕES: A cicatriz pós-abdominoplastia sofre migração vertical ao longo do tempo, sendo menor quando o retalho inferior é fixado. O cirurgião deve estar ciente da migração sofrida pela cicatriz para melhor planejamento da posição de sua incisão
ASSUNTO(S)
abdome cicatriz retalhos cirúrgicos
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