Avaliação da microinfiltração na interface pilar-implante / Microleakage at the implant-abutment interface

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/05/2012

RESUMO

A conexão entre implante e pilar está diretamente relacionada com o infiltrado bacteriano e a presença de células inflamatórias que levam à perda óssea ao redor da microfenda formada por esta interface. Entretanto, ainda não há consenso quanto aos resultados dos testes in vitro e as metodologias aplicadas para a avaliação da microinfiltração nesta interface. O objetivo neste estudo foi: 1) avaliar, por meio de uma revisão sistemática, a influência das metodologias nos resultados dos estudos in vitro de microinfiltração na interface implante-pilar (I-P); 2) Avaliar, experimentalmente a microinfiltração bacteriana na interface I-P em implantes cone Morse inoculados com diferentes volumes de suspensão bacteriana. Para a revisão sistemática, foi realizada uma procura nas bases de dados MEDLINE, EMBASE e Cochrane, por estudos in vitro avaliando a microinfiltração na interface I-P publicados no período entre 1990 e agosto de 2011. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, os artigos selecionados foram arranjados em tabelas e submetidos a análise descritiva. Para o ensaio de microinfiltração bacteriana foram selecionados implantes e pilares cone Morse, que por sua vez foram divididos em 2 grupos em função do tipo de pilar: parafuso passante (PP) e corpo sólido (CS). Posteriormente, os grupos foram subdivididos em 4 subgrupos, em função do volume de suspensão bacteriana inoculado nos implante (n=6): PP1: 0,1 mi L; PP3: 0,3 mi L; PP5: 0,5 mi L; PP7: 0,7 mi L; CS1: 0,1 mi L; CS3: 0,3 mi L; CS5: 0,5 mi L e CS7: 0,7 mi L. Uma suspensão bacteriana de Escherichia coli ATCC 35218 foi inoculada no interior dos implantes com volume de acordo com o respectivo grupo, sendo os componentes apertados segundo recomendações do fabricante. Após a inoculação os espécimes foram imersos em solução nutritiva bacteriana estéril para avaliação de um possível extravasamento do inoculo (grupo controle). Posteriormente, os conjuntos foram incubados em uma nova solução até o recobrimento da junção para avaliação microbiológica. A microinfiltração foi avaliada pela alteração na claridade da solução a cada 24 horas durante 7 dias. Ao final deste período os conjuntos foram reabertos para avaliação da viabilidade bacteriana. A revisão mostrou alta variabilidade de resultados e de tipos de ensaio de microinfiltração entre os estudos, apresentando alguns pontos críticos como volume bacteriano inoculado; concentração bacteriana; método de inoculação; períodos de acompanhamento e verificação de viabilidade bacteriana. No ensaio todos os espécimes inoculados com 0,7 mi L e uma amostra de CS5 apresentaram turbidez no grupo controle após as primeiras 24 horas sendo excluídas do estudo. Durante os sete dias de acompanhamento nenhum espécime apresentou indicativo de microinfiltração bacteriana. E após este período, a viabilidade bacteriana foi confirmada em todos os espécimes avaliados. Dentro das limitações deste estudo pode se concluir que a falta de padronização entre os estudos in vitro dificulta comparações e pode explicar algumas divergências entre seus resultados. Não foi observada microinfiltração na interface I-P em implantes com conexão do tipo Morse e o volume de 0,7 mi L excedeu a capacidade máxima do sistema avaliado.

ASSUNTO(S)

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