Avaliação da maturidade fetal em gestações de alto risco: análise dos resultados de acordo com a idade gestacional

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-12

RESUMO

OBJETIVO: Estudar a avaliação da maturidade fetal em gestações de alto risco e analisar os resultados neonatais. MÉTODOS: Entre julho de 1998 e agosto de 1999 foram realizadas, no Setor de Vitalidade Fetal da Clínica Obstétrica do HC-FMUSP, 180 amniocenteses para avaliação da maturidade fetal, sendo realizados os testes de Clements em três tubos e a contagem de células orangiófilas coradas com Azul de Nilo a 0,1%. Os resultados perinatais foram correlacionados com a maturidade fetal em 75 casos cujo parto ocorreu até sete dias após a punção. RESULTADOS: Na macroscopia, 91% das amostras apresentavam líquido amniótico claro, 3,3% meconial e 5,6% hemorrágico. A maturidade foi observada em 28% dos exames realizados. Na avaliação dos resultados perinatais, quando a maturidade estava ausente, a necessidade de intubação do recém-nascido ocorreu em três casos (13%) e nos fetos maduros isto ocorreu em um caso (2,5%) (p<0,05). A necessidade de internação em UTI neonatal ocorreu em 65% dos recém-nascidos que apresentavam líquido imaturo e em apenas 10% dos maduros (p<0,0001). CONCLUSÕES: Os recém-nascidos das gestantes com maturidade fetal presente apresentaram com menor freqüência necessidade de intubação na sala de parto e de internação em UTI neonatal, demonstrando menor morbidade perinatal. Entre a 29ª e a 32ª semana de gestação, foram observados cerca de 10% de fetos maduros, demonstrando que, quando necessário, a avaliação da maturidade pode ser realizada neste período da gravidez. Não observamos casos com maturidade fetal abaixo de 29 semanas, limitando a realização deste exame neste período.

ASSUNTO(S)

maturidade fetal amniocentese líquido amniótico

Documentos Relacionados