Avaliação da leucometria na identificação da leucose enzoótica dos bovinos em rebanhos do estado de Pernambuco.
AUTOR(ES)
Artur Cezar de Carvalho Fernandes
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
16/02/2012
RESUMO
A Leucose Enzoótica dos Bovinos (LEB) é uma ameaça à saúde dos rebanhos bovinos do estado de Pernambuco e o aperfeiçoamento no uso de ferramentas epidemiológicas para identificação e eliminação de focos desta doença demanda atenção. O objetivo com a realização deste estudo foi avaliar a leucometria como um recurso auxiliar para a identificação de focos da LEB e saneamento dos rebanhos, a partir de ensaios realizados para estabelecer a prevalência dessa insidiosa retrovirose e da Tuberculose Bovina (TB) em rebanhos criados em vários municípios do estado. Foram submetidas ao sorodiagnóstico para LEB amostras de 1.000 bovinos procedentes de 33 rebanhos, sendo 920 deles submetidos previamente ao teste da tuberculina (TCC). Em aproximadamente 70% (694/1000) dos bovinos foram realizadas análises leucométricas, sendo desconsiderados das mesmas os animais com resultados inconclusivos aos dois testes diagnósticos e os positivos ao teste da tuberculina. Desta forma, 530 amostras foram distribuídas em dois grupos experimentais, em função dos resultados à IDGA: GI = leucogramas de 379 bovinos soronegativos; e GII = leucogramas de 151 bovinos soropositivos. As prevalências da LEB e TB foram 28% (282/1000) e 11% (99/920), respectivamente. Globalmente, os valores médios dos leucócitos foram: totais = 12,0 4,7 e linfócitos = 8,1 5,4 (x103/mm3). Considerando os grupos experimentais, os valores médios dos leucócitos do GI (totais = 11,5 3,8 e linfócitos = 7,6 5,1 x103/mm3) foram significativamente menores (p<0,05) do que os do GII (totais = 13,3 6,3 e linfócitos = 9,1 5,9 x103/mm3). Dentre os bovinos examinados 30% (159/530) apresentaram leucocitose por linfocitose LL (leucócitos totais e linfócitos maiores do que 12,1 e 8,4 x103/mm3, respectivamente), tendo o GI maior frequência de animais (99/379) com esta disfunção linfoproliferativa do que o GII (60/151), contudo os valores leucométricos médios do GII (totais = 18,6 6,5 e linfócitos = 14,0 6,7 x103/mm3) foram significativamente superiores (p<0,05) aos do GI (totais = 15,9 3,1 e linfócitos = 12,1 8,0 x103/mm3). Analisando os bovinos portadores de LL e que apresentaram os valores leucométricos acima do limite tolerável de referência (totais = 15,0 e linfócitos = 12,7 x103/mm3, respectivamente), não foi observada diferença significativa entre os grupos GI (totais = 19,9 3,5 e linfócitos = 15,8 3,9 x103/mm3) e GII (totais = 23,2 7,4 e linfócitos = 19,2 7,4 x103/mm3). Bovinos do GI (soronegativos) portadores de LL (totais >15,0 e linfócitos >12,7 x103/mm3) foram considerados suspeitos, pois não apresentaram diferença leucométrica significativa com os do GII (soropositivos) portadores de LL. Conclui-se que, com a demonstração da interferência do VLB no leucograma dos bovinos examinados e com a identificação de bovinos suspeitos não detectados pela IDGA, a leucometria se presta como recurso auxiliar para a identificação de focos da LEB e saneamento dos rebanhos.
ASSUNTO(S)
leucometria identificação de focos saneamento medicina veterinaria leukocyte counts identification of outbreaks sanitation
ACESSO AO ARTIGO
http://200.17.137.108/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1455Documentos Relacionados
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