Avaliação da influência da hipertensão pulmonar na técnica anestésica ultra-fast-track em pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-08

RESUMO

Resumo Objetivo: Avaliar a influência da hipertensão pulmonar na técnica anestésica ultra-fast-track em cirurgia cardíaca de adultos. Métodos: Estudo retrospectivo. Foram incluídos 40 pacientes divididos em dois grupos: GI (sem hipertensão pulmonar) e GII (com hipertensão pulmonar). Com base em dados obtidos por ecocardiograma transtorácico, considerou-se como ausência de hipertensão pulmonar: uma pressão sistólica da artéria pulmonar 36 mmHg, com velocidade de regurgitação tricúspide <2,8 m/s e ausência de sinais ecocardiográficos adicionais de hipertensão pulmonar; e como presença de hipertensão pulmonar: uma PSAP >40 mmHg associada a sinais ecocardiográficos adicionais de hipertensão pulmonar. Foi estabelecida como influência da HP: a impossibilidade de extubação na sala cirúrgica, o aumento no intervalo de tempo para extubação e a necessidade de reintubação nas primeiras 24h de pós-operatório. Foram realizadas análises univariada e multivariada quando necessário. Foi considerado como significativo um valor de P<0,05. Resultados: O GI foi composto por 21 pacientes e o GII por 19. Todos os pacientes (100%) foram extubados na sala cirúrgica em um intervalo de tempo médio de 17,58±8,06 min, com uma mediana de 18 min no GI e 17 min no GII. A hipertensão pulmonar não aumentou o intervalo de tempo para extubação (P=0,397). Foi necessária a reintubação de 2 pacientes do GII (5% do total), estatisticamente sem significância em relação ao GI (P=0,488). Não houve óbitos durante a internação dos pacientes. Conclusão: Neste estudo a hipertensão pulmonar não teve influência na técnica anestésica ultra-fast-track em cirurgia cardíaca de adultos.

ASSUNTO(S)

anestesia extubação hipertensão pulmonar doenças das valvas cardíacas procedimentos cirúrgicos cardiovasculares

Documentos Relacionados