Avaliação da exposição humana ao arsenio no Alto Vale do Ribeira, Brasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

A contaminação ambiental por arsênio tem causado preocupação na região do alto Vale do Ribeira/São Paulo/Paraná, Brasil, devido à presença natural de arsênio e às atividades de mineração desenvolvidas até final de 1995. A toxicidade dos compostos de arsênio decresce na seguinte ordem arsenito, arsenato, ácido monometilarsônico e ácido dimetilarsínico. A exposição crônica ao arsênio pode ocasionar doenças vasculares periféricas e câncer de bexiga, pulmão e pele. O objetivo deste estudo foi avaliar a exposição humana ao arsênio no alto Vale do Ribeira. Foram coletadas 759 amostras de urina nos municípios de Cerro Azul (controle), Ribeira e Adrianópolis (urbano e rural) e Iporanga, identificadas aqui como grupos CA, RA, VM e BS respectivamente. Os valores das medianas de arsênio urinário (As-u formas tóxicas) obtidos para crianças dessas localidades foram: 3,60; 6,30; 6,40 e 8,94, para adultos 3,87; 5,22; 5,10 e 8.54 µg/L, respectivamente. Houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) entre o grupo CA e os demais. O grupo BS foi o que apresentou as concentrações mais altas da região, porém não indicam risco de dano à saúde. Por meio do modelo de regressão logística observou-se que o hábito alimentar não influenciou no aumento dos níveis de As-u em adultos ou crianças. A variável local de moradia, provavelmente relacionada aos níveis de arsênio no solo, foi a que se correlacionou positivamente com níveis de As-u, com chance de 4,93 e 6,16 vezes das crianças e adultos do grupo BS respectivamente terem os níveis As-u aumentado quando comparados ao grupo controle CA

ASSUNTO(S)

urina mineração - meio ambiente arsenio - aspectos ambientais arsenio - toxicologia espectrometria de absorção atomica

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