Avaliação da dor de vítimas de traumatismo craniencefálico pela versão brasileira da Behavioral Pain Scale
AUTOR(ES)
Ribeiro, Caíque Jordan Nunes, Araújo, Andra Carla Santos de, Brito, Saulo Barreto, Dantas, Daniele Vieira, Nunes, Mariangela da Silva, Alves, José Antonio Barreto, Ribeiro, Maria do Carmo de Oliveira
FONTE
Rev. bras. ter. intensiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-03
RESUMO
RESUMO Objetivo: Avaliar a validade e a confiabilidade da versão brasileira da Behavioral Pain Scale (BPS-Br) em vítimas de traumatismo craniencefálico. Métodos: Estudo observacional, prospectivo, de medidas repetidas e pareadas, realizado em duas unidades de terapia intensiva (clínica e cirúrgica) de um hospital geral de grande porte. A amostra por conveniência foi composta por vítimas de traumatismo craniencefálico moderado ou grave, penetrante ou fechado, adultos, sedados e mecanicamente ventilados. Foram realizadas 432 observações por pares de avaliadores independentes, simultaneamente, antes da limpeza do olho, durante a limpeza do olho, durante a aspiração traqueal e após a aspiração traqueal. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, relacionados ao trauma, sedoanalgesia e parâmetros fisiológicos (frequência cardíaca, pressão arterial sistólica e diastólica). A validade discriminante foi verificada pelo teste de Friedman e Wilcoxon por pares. Utilizaram-se o coeficiente de correlação intraclasse e coeficiente de Kappa de Cohen para avaliar a confiabilidade. O teste de correlação de Spearman foi utilizado para verificar a associação entre variáveis clínicas e os escores da BPS-Br durante a aspiração traqueal. Resultados: Houve elevação significativa dos parâmetros fisiológicos durante a aspiração traqueal, porém sem correlação com os escores de BPS-Br. A dor foi significativamente mais intensa durante a aspiração traqueal (p < 0,005). Foi evidenciada satisfatória concordância interobservadores, com coeficiente de correlação intraclasse de 0,95 (0,90 - 0,98) e Kappa de 0,70. Conclusão: Os escores da BPS-Br elevaram-se durante a aspiração traqueal. A versão brasileira da escala mostrou-se válida e confiável para avaliação da dor em vítimas de traumatismo craniencefálico submetidos à aspiração traqueal.
ASSUNTO(S)
dor nociceptiva medição da dor sedação profunda traumatismos craniocerebrais unidades de terapia intensiva
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