Avaliação da disfunção orofacial, performance mastigatória, oclusão e morfologia craniofacial em crianças e adolescentes / Evaluation of orofacial dysfunction, masticatory performance, occlusion and craniofacial morphology in children and adolescents

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/01/2012

RESUMO

O conhecimento das influencias funcionais, ambientais e genéticas sobre o crescimento e desenvolvimento craniofacial é abrangente e difícil de quantificar, mas de suma importância para a prevenção de alterações que possam influenciar negativamente o desenvolvimento adequado dos maxilares e estruturas relacionadas. Sendo assim, a pesquisa teve o objetivo de avaliar a relação entre disfunção orofacial, morfologia craniofacial e da oclusão, força de mordida (FM) e performance mastigatória (PM) em crianças e adolescentes. Três estudos foram conduzidos e serão apresentados a seguir na forma de capítulos. O primeiro e segundo estudos buscaram avaliar a relação entre disfunção orofacial, PM, morfologia craniofacial e da oclusão, FM e bruxismo do sono. Para tanto, foram incluídas 316 crianças e adolescentes, de ambos os gêneros, divididas em quatro grupos: sujeitos com dentição mista inicial (n=20), mista intermediária (n=73), mista final (n=89) e permanente (n=134). A PM foi avaliada pela técnica de peneiragem, estimando-se a capacidade individual do sujeito em triturar um alimento-teste e determinando o tamanho mediano das partículas (X50) e a distribuição das mesmas nas diferentes peneiras (b). As disfunções orofaciais e a necessidade de tratamento ortodôntico foram avaliadas por meio do instrumento The Nordic Orofacial Test Screnning (NOT-S) e pelo Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN), respectivamente. A máxima FM foi mensurada utilizando-se um gnatodinamômetro digital e a morfologia craniofacial foi avaliada por meio de análise cefalométrica em norma lateral e frontal. A presença de bruxismo do sono também foi verificada por meio da avaliação de facetas de desgaste em incisivos e/ou primeiros molares permanentes e do relato de sons de ranger/bater os dentes pelos responsáveis/irmãos. Os resultados foram submetidos à estatística descritiva, testes de normalidade e correlação, análise de variância e regressão linear múltipla para se verificar quais variáveis em estudo contribuíram para a variação em X50 e nos escores do NOT-S. A variância de X50 e b mostrou-se estatisticamente significativa entre os grupos; já os escores do NOT-S não mostraram diferença entre as fases das dentições. Idade, índice de massa corporal, FM e presença de bruxismo relacionaram-se significativamente com uma melhor PM. A presença de selamento labial e maior trespasse vertical relacionaram-se com menores escores totais do NOT-S, enquanto a idade e a presença de bruxismo exacerbaram os escores de disfunção orofacial. Além disso, não foi observada correlação significativa entre morfologia craniofacial e escores de disfunção orofacial. Concluiu-se que o índice de massa corporal, força de mordida e presença de bruxismo contribuíram para uma melhor PM; enquanto o aumento nos escores de disfunção orofacial relacionou-se a uma PM prejudicada. Além disso, o aumento do trespasse vertical e a presença de selamento labial relacionaram-se a menores escores de disfunção orofacial em indivíduos jovens. O terceiro capítulo aborda o estudo do dimorfismo facial e sua relação com as dimensões craniofaciais e dos arcos dentários e espessura ultrassonográfica do músculo masseter em crianças na fase de dentição mista. O estudo envolveu 32 crianças (14?/18?), com oclusão normal, e avaliou as dimensões craniofaciais por meio de telerradiografias em norma frontal. Os resultados foram submetidos à estatística descritiva, teste de normalidade, teste ?t? e regressão linear múltipla para se verificar a diferença entre os gêneros e quais variáveis contribuíram para a variação da medida da largura facial. Apesar da comparação da largura facial entre gêneros ter mostrado diferença significativa, quando se verificaram quais variáveis em estudo contribuíram para esta variação, observou-se que o índice de massa corporal, espessura do masseter, distância intermolares inferiores e intercaninos superiores e largura intermolar maxilar foram as variáveis significativamente relacionadas com a largura facial, enquanto o gênero não alcançou nível significativo. Concluiu-se assim que as variáveis funcionais e morfológicas do sistema estomatognático mostraram forte relação com a largura da face.

ASSUNTO(S)

oclusão (odontologia) bruxismo odontopediatria occlusion (dentistry) grinding of teeth pediatric dentistry

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