Avaliação da Disfunção Endotelial em Casos de COVID-19 com Dilatação Fluxo-Mediada

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Cardiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo Fundamento: Sabe-se que a inflamação desempenha um papel crucial em muitas doenças, incluindo a COVID-19. Objetivo: Utilizando a dilatação fluxo-mediada (DFM), objetivou-se avaliar os efeitos da inflamação na função endotelial de pacientes com COVID-19. Métodos: Este estudo foi realizado com um total de 161 indivíduos, dos quais 80 foram diagnosticados com COVID-19 nos últimos seis meses (48 mulheres e 32 homens com idade média de 32,10±5,87 anos) e 81 eram controles saudáveis (45 mulheres e 36 homens com idade média de 30,51±7,33 anos). Os achados do ecocardiograma transtorácico e da DFM foram analisados em todos os indivíduos. Resultados com p<0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: O ecocardiograma e a DFM do grupo COVID-19 foram realizados 35 dias (intervalo: 25–178) após o diagnóstico. Não houve diferença estatisticamente significativa nos parâmetros ecocardiográficos. Em contraste, a DFM (%) foi significativamente maior no grupo controle (9,52±5,98 versus 12,01±6,18; p=0,01). Na análise multivariada com o modelo stepwise progressivo, a DFM foi significativamente diferente no grupo controle em relação ao grupo COVID-19 (1,086 (1,026–1,149), p=0,04). O teste de correlação de Spearman indicou que a DFM (r=0,27; p=0,006) apresentou correlação positiva fraca com a presença de COVID-19. Conclusão: Os achados deste estudo apontam para disfunção endotelial induzida por COVID-19, avaliada por DFM, na fase inicial de recuperação.

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