Avaliação da bupivacaína hipobárica a 0,5% na raquianestesia

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-08

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A raquianestesia causa alterações hemodinâmicas relacionadas com fatores próprios do paciente ou não. Um dos fatores é a densidade do anestésico em relação ao líquor, interferindo no número de dermátomos bloqueados e, conseqüentemente, no nível do bloqueio simpático e na diminuição da pressão arterial (PA). O objetivo do estudo foi avaliar a dispersão da bupivacaína hipobárica a 0,5%, preparada assepticamente em laboratório e com uma densidade controlada e uniforme. MÉTODO: Trinta pacientes, ASA I, II ou III, com idade entre 18 e 60 anos, sem comorbidades circulatórias, submetidos a operações ortopédicas no membro inferior participaram do estudo. Eles foram sedados com diazepam 0,03 mg.kg-1, posicionados em decúbito lateral com o lado a ser operado para cima, e puncionados entre L3-L4, com agulha de Quincke 27G, sendo padronizados o direcionamento do bisel e a velocidade de injeção. Foram avaliados os níveis sensitivos e motor (escala modificada de Bromage). RESULTADOS: Ao fim da operação, dois pacientes (6,6%) não apresentaram bloqueio motor classificado como 3 na escala de Bromage, com o bloqueio sensitivo variando entre T4 e T12. Somente 12,9% dos pacientes apresentaram nível sensitivo considerado "alto" para a operação proposta (acima de T6). A diminuição da pressão arterial foi significativa sob o ponto de vista estatístico, sem atingir 20% abaixo dos valores basais, portanto, sem significância clínica. A variação da freqüência cardíaca não foi significativa. CONCLUSÕES: A bupivacaína hipobárica a 0,5% mostrou ser uma opção segura e com poucas repercussões hemodinâmicas para operações ortopédicas nos membros inferiores. A duração média observada, de 250 minutos, possibilita a realização de procedimentos ortopédicos de até médio porte.

ASSUNTO(S)

anestÉsicos, local tÉcnica anestÉsica, regional

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