Avaliação da acuidade visual em escolares do ensino fundamental

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2019-02

RESUMO

Resumo Objetivo: Descrever e analisar a prevalência de baixa acuidade visual nos estudantes da rede pública municipal de Cáceres, Mato Grosso. Métodos: Estudo transversal de 489 alunos do segundo e terceiro anos do ensino fundamental de 13 escolas municipais de Cáceres, atendidos entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018. A acuidade visual foi avaliada através do uso da tabela de Snellen e considerada normal quando superior a 0,7 ou 20/30. Resultados: Dos 489 escolares triados, 85 (17,4%) apresentaram baixa acuidade visual, sendo encaminhados para exame oftalmológico com especialista. Dos escolares encaminhados, 63 (74,1%) compareceram à consulta e 28 (44,45%) tiveram indicação de correção visual, tendo ganhado os óculos. A prevalência de erros refrativos foi de 8,99%, constituindo-se a principal causa de baixa acuidade visual. A média de idade foi de 8,29 anos (DP= 0,809), sendo que a idade média das crianças com alterações oftalmológicas foi maior quando comparada àquelas sem alterações oftalmológicas (p = 0,027). Conclusão: O estudo mostrou que a prevalência de baixa acuidade visual, bem como suas causas, corrobora com a encontrada em outros programas de triagem em escolares. Demonstrou também a importância do diagnóstico precoce das alterações visuais para obtenção de melhores desfechos e ressaltou-se a necessidade de medidas preventivas para atenção à saúde ocular dos escolares.Abstract Objective: To describe and analyze the prevalence of visual impairment in municipal public school students in Caceres, Mato Grosso. Methods: A transversal study of 489 school children from the second and third years of elementar school in 13 municipal schools in Caceres, attended between December 2017 and January 2018. Visual acuity was evaluated using Snellen optometric chart and considered normal when higher than 0.7 or 20/30. Results: Of the four hundred and eighty-nine children were evaluated, eighty-five (17.4%) had low visual acuity at the screening, being referred for ophthalmological examination with specialist. Of the students referred, sixty three (74.1%) presented at the ambulatory and twenty eight (44.45%) had indication of visual correction, having won the glasses. The prevalence of refractive error was 8.99%, constituting the main cause of low visual acuity. The mean age was 8.29 anos (SD = 0.809), being an average of children with ophthalmological alterations was higher when compared to those without ophthalmological alterations (p = 0.027). Conclusion: The study showed that the prevalence of low visual acuity, as well as its causes, corroborates with that found in other screening programs in school children. It also demonstrated the importance of early diagnosis of visual changes to get better outcomes and emphasized the need for preventive measures for attention to eyes health of school children.

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