Avaliação Comportamental e dos Níveis Séricos e Metabolismo Periférico dos Hormônios Tireoidianos em Ratos Submetidos ao Estresse Social Seriado. 2010. / Behavioral Evaluation, of Serum Levels and Peripheral Metabolism of Thyroid Hormones in Rats Subjected to Social Stress series. 2010

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

31/03/2010

RESUMO

O estresse tem um impacto profundo sobre o desenvolvimento de diversas psicopatologias, afetando vários processos fisiológicos, como o sistema endócrino, imunitário e nervoso central. A exposição a eventos estressantes é capaz de perturbar a regulação normal dos eixos neuroendócrinos, e embora a maioria dos estudos neste campo apontem, principalmente, os hormônios clássicos do estresse: glicocorticóides e catecolaminas têm aumentado às evidências que indicam que os hormônios tireoidianos (HT) também são alterados em resposta ao estresse crônico. Após o conflito social repetido ocorrem mudanças na produção de hormônios da tireóide que já foram descritos em estudos clínicos e experimentais. Os efeitos do estresse sobre a função da tireóide são complexos e dependem do tipo e duração do estresse e os mecanismos envolvidos são desconhecidos. Do ponto de vista médico veterinário, é importante considerar os freqüentes erros de manipulação que ocorrem por proprietários e criadores, inclusive em zoológicos, em que animais novos são introduzidos sem qualquer critério em ambientes dominados por residentes. Sabendo-se que o conflito social é um determinante importante das mudanças comportamentais, e que estes podem constituir um risco para a saúde e produção animal, aliada à escassez de estudos que avaliam o metabolismo dos HT (atividade iodotironinas desiodases enzimas) associados ao estresse social crônico, este estudo pode ser considerado de grande importância. No presente estudo foram avaliados os níveis séricos de hormônios tireóideos (HT) e a atividade das enzimas iodotironinas desiodases tipo 1 (D1) e tipo 2 (D2) no modelo de derrota social, que é considerado o modelo mais fiável para simular situações de estresse do cotidiano a que são submetidos diariamente os seres humanos e também os animais. Para esclarecer dados controversos da literatura quanto aos níveis de HT em resposta ao estresse, tanto a curto e longo prazo, foi realizado um estudo seriado do estresse social. Ratos Wistar adultos foram submetidos a estresse subordinação diariamente por um período de um a oito semanas. Amostras de sangue foram obtidas antes, 1, 4 e 8 semanas após o início do estímulo estressante para avaliar os níveis séricos de T4, T3 e corticosterona. As atividades da D1 e da D2 foram avaliadas no final de cada protocolo. As alterações comportamentais foram avaliadas por testes comportamentais, sendo as alterações mais importantes observadas na semana 4, sendo associada ao hipotireoidismo que tenha ocorrido antes, desde a semana 1 no grupo estressado. Os níveis séricos de T4 e T3 foram restaurados na semana 8, no momento em que as principais alterações no comportamento não foram mais observados. Em outro protocolo, o tratamento com fluoxetina (10 mg / kg PO durante quatro semanas), evitou parcialmente o comportamento referente ao estresse e normalizou o T4, mas não foi capaz de restaurar os níveis séricos de T3 no grupo estressado em relação ao grupo controle 4 semanas após o início do tratamento. O trabalho atual acrescenta novos conceitos sobre alterações no metabolismo da tireóide induzidas pelo estresse e sugere que o hipotireoidismo pode fazer parte de nos eventos-chave, e em última análise, até mesmo conduzir a alterações comportamentais desencadeadas pelo estresse social.

ASSUNTO(S)

tireóide estresse comportamento medicina veterinaria stress behavior and thyroid

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