AvaliaÃÃo hemodinÃmica, glicÃmica e cognitiva da infusÃo contÃnua de clonidina como coadjuvante de tÃcnica anestÃsica padronizada em cirurgia bariÃtrica. / Hemodynamic, glycemic and cognitive evaluation of continuous infusion of clonidine as coadjuvant standardized anesthetic technique in bariatric surgery

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/05/2011

RESUMO

A obesidade mÃrbida à uma doenÃa muito freqÃente nos dias de hoje. O paciente obeso mÃrbido apresenta importantes alteraÃÃes fisiolÃgicas e anatÃmicas, alÃm de comorbidades de grande significado clÃnico, particularmente cardiovasculares, respiratÃrias e metabÃlicas, exigindo do mÃdico anestesiologista pleno conhecimento dessas peculiaridades, para que possa realizar uma abordagem segura, tendo em vista que os procedimentos cirÃrgicos tÃm sido cada vez mais constantes nesse grupo de indivÃduos. O objetivo deste estudo clÃnico, prospectivo e nÃo aleatÃrio, foi avaliar os efeitos da administraÃÃo do agente agonista α2 adrenÃrgico clonidina, como fÃrmaco coadjuvante de tÃcnica anestÃsica padronizada para cirurgia da obesidade em 36 pacientes que pertenciam ao grupo de obesidade mÃrbida do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdio. Foram distribuÃdos em dois grupos: o primeiro grupo composto por 25 pacientes recebeu clonidina administrada em infusÃo contÃnua na dose de 2 mcg/kg de peso ideal, iniciada dez minutos antes da induÃÃo anestÃsica e mantida em seguida, na dose de 0,4 a 0,7 mcg/kg/h de peso ideal, tendo sido descontinuada no inÃcio do fechamento da aponeurose; o segundo grupo composto por 11 pacientes, nÃo recebeu a infusÃo do agente agonista, entretanto todo o restante da tÃcnica anestÃsica foi igual. As principais variÃveis avaliadas foram a pressÃo arterial sistÃlica e diastÃlica, a freqÃÃncia cardÃaca, o Ãndice bispectral (BIS), a concentraÃÃo expirada de sevoflurano (CESEV), a sensaÃÃo de dor, o mini-exame do estado mental (MEEM) e os nÃveis glicÃmicos. Quanto aos dados demogrÃficos, nÃo houve diferenÃa entre os dois grupos estudados. Com relaÃÃo aos parÃmetros hemodinÃmicos, houve aumento da pressÃo sistÃlica e diastÃlica no momento da incisÃo cirÃrgica no grupo controle (P <0,05). NÃo houve diferenÃa na funÃÃo cognitiva. Foi verificada uma melhor analgesia pÃs-operatÃria no grupo clonidina (P<0,05). NÃo houve diferenÃa significativa no comportamento glicÃmico no perÃodo peri-operatÃrio quando foram analisados os dois grupos, porÃm quando se analisou apenas os pacientes do grupo clonidina, observou-se que nos nÃo diabÃticos, ocorreu um aumento significativo da glicemia durante o perÃodo intra-operatÃrio (P <0,05), no entanto, sem ultrapassar o valor de 200 mg/dl. Houve maior controle hemodinÃmico intra-operatÃrio com a utilizaÃÃo da clonidina. O grupo clonidina apresentou um despertar mais rÃpido ao final da cirurgia e tambÃm obteve melhor analgesia no perÃodo pÃs-operatÃrio. O uso do fÃrmaco nÃo interferiu com o retorno das funÃÃes cognitivas. Em baixas doses, a clonidina nÃo determinou alteraÃÃes nos nÃveis glicÃmicos no perÃodo peri-operatÃrio, entretanto, nos pacientes diabÃticos em que o agonista foi administrado, observou-se um melhor controle da glicemia, o que nÃo foi demonstrado nos pacientes nÃo diabÃticos. Os pacientes dos dois grupos nÃo apresentaram efeitos adversos.

ASSUNTO(S)

morbid obesity anesthesia clonidine bariatric surgery obsidade mÃrbida cirurgia obesidade mÃrbida anestesia clonidina cirurgia bariÃtrica

Documentos Relacionados