AvaliaÃÃo de uma tecnologia educativa na promoÃÃo da saÃde ocular de pessoas portadoras de HIV/AIDS / Evaluation of an educational technology in the promotion of eye health of people with HIV/AIDS
AUTOR(ES)
Jennara Candindido do Nascimento
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
21/12/2010
RESUMO
Dentre as complicaÃÃes decorrentes da infecÃÃo pelo vÃrus da imunodeficiÃncia, merecem destaque aquelas que comprometem o sistema visual, manifestando-se algumas vezes de forma inesperada, podendo levar à cegueira. Foi objetivo deste trabalho avaliar a eficÃcia de uma tecnologia educativa com vistas à promoÃÃo da saÃde ocular de pessoas portadoras do HIV/AIDS. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, desenvolvida no ambulatÃrio de um Hospital referÃncia em doenÃas infecciosas no estado do CearÃ, com 130 portadores do HIV/AIDS, no perÃodo de maio a agosto de 2010. Os dados foram coletados atravÃs de entrevista e observaÃÃo, utilizando-se trÃs formulÃrios que abordaram, respectivamente, o perfil socioeconÃmico, entendimento da cartilha e a realizaÃÃo do autoexame. Foi utilizado o Predictive Analytics Software (PASW) versÃo 18.0. As anÃlises de associaÃÃo foram feitas por meio do teste de X2 e verossimilhanÃa. As mÃdias foram comparadas pelo teste t de Student e, em sendo estatisticamente significante, as comparaÃÃes mÃltiplas foram realizadas pelo teste de Tukey. Para todas as anÃlises, consideraram-se como estatisticamente significante aquelas com p<0,05. Dos 130 participantes entrevistados, 100 (23,1%) eram do sexo masculino, 98 (75,4%) eram solteiros e 76 (58,5%) possuÃam o ensino mÃdio completo. A maioria, 95 (73,1%), trabalhava em atividades formais e informais, 59 (45,4%) ganhavam atà um salÃrio mÃnimo, sendo a mÃdia de R$928,54 (DP= ÂR$919,38). A idade do grupo analisado variou entre 19 e 56 anos, com mÃdia de 35  8 anos. Em relaÃÃo ao tempo de diagnÃstico, 36 (27,7%), tinha entre dois e cinco anos, coincidindo com o tempo de tratamento realizado por 51 (39,2%) dos participantes. Avaliando-se o entendimento do textoâ a adequaÃÃo da cartilha quanto aos desenhos e à presenÃa de dificuldade durante o uso do referido material, observou-se que a maioria dos participantes avaliou positivamente a cartilha, embora tambÃm tenha sido observada discordÃncia em relaÃÃo a alguns aspectos. Os participantes referiram que a linguagem deveria ser mais simples e que alguns dos nomes utilizados eram tÃcnicos, limitando o entendimento. Constatou-se que entre os exames realizados houve menor Ãndice de acertos na verificaÃÃo da acuidade visual longe, onde 68,4% dos participantes apresentaram uma conduta inadequada ou totalmente inadequada. Estas estavam relacionadas à nÃo realizaÃÃo de alguns comandos, tal como a lavagem das mÃos antes do inÃcio da avaliaÃÃo, afixaÃÃo da escala optomÃtrica abaixo e acima da altura dos olhos e ao nÃo registro dos achados ao final de cada etapa. Em contrapartida, se observou o melhor desempenho do grupo na avaliaÃÃo do movimento ocular (45,4%) e da visÃo perifÃrica (38,5%), sendo este o que teve os passos executados de forma totalmente adequada. Comparando-se os resultados da avaliaÃÃo ocular encontrados pelo grupo e pelos pesquisadores, observou-se que o Ãnico item onde houve diferenÃa significante foi aquele referente ao exame da pÃlpebra (p=0,036). Conclui-se, portanto, que a cartilha para o autoexame ocular à eficaz, embora ainda necessite passar por algumas adequaÃÃes, tanto na escrita como nas ilustraÃÃes, a fim de facilitar seu uso.
ASSUNTO(S)
enfermagem estudos de avaliaÃÃo tecnologia educacional promoÃÃo da saÃde infecÃÃes por hiv saÃde ocular evaluation studies educational technology health promotion hiv infections eye health
ACESSO AO ARTIGO
http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5717Documentos Relacionados
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