AvaliaÃÃo das AlteraÃÃes HematolÃgicas, BioquÃmicas e GenotÃxicas nos Trabalhadores Expostos à AgrotÃxicos em MunicÃpios do Estado do Piauà / Evaluation of Hematologic, Biochemical and Genotoxic Effects in Workers Exposed to Pesticide in Municipalities of PiauÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/09/2011

RESUMO

A utilizaÃÃo de agrotÃxicos na agricultura elevou rapidamente seu consumo, especialmente de forma indiscriminada, sendo o Brasil um dos maiores mercados, representando 16% da venda mundial. No PiauÃ, a expansÃo agrÃcola na regiÃo dos cerrados contribuiu para o aumento do seu uso, expondo os agricultores a danos ao DNA. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos tÃxicos e genotÃxicos nos agricultores piauienses expostos aos agrotÃxicos, com o uso de biomarcadores hematolÃgicos, bioquÃmicos e genotÃxicos. A populaÃÃo estudada consistiu de 60 trabalhadores expostos aos agrotÃxicos dos municÃpios de Barras e Josà de Freitas e 55 indivÃduos controle, sem histÃria de exposiÃÃo a agroquÃmicos. Para caracterizaÃÃo da populaÃÃo foi aplicado questionÃrio sÃcio epidemiolÃgico, de acordo com a International Commission for Protection Against Environmental Mutagens and Carcinogens-ICPEMC. Foram coletados 10 mL de sangue perifÃrico para realizaÃÃo das anÃlises hematolÃgicas, bioquÃmicas e ensaio cometa, que foram processadas pelo LACEN-PI. A mÃdia de idade foi de 34 anos, de etnia negra, na maioria, com tempo de trabalho, em mÃdia de 13,55 anos, carga horÃria de 41,5 horas semanais e 50% dos trabalhadores utilizavam pelo menos um tipo de EPI. Quanto aos hÃbitos de vida, 66,7% dos trabalhadores expostos informou nÃo consumir vegetais, 41,7 % eram fumantes e 73,3% consumiam bebidas alcoÃlicas. Do total do grupo exposto, 33,3% usava medicamentos prescritos e 66,7% usava medicamentos nÃo prescritos. No estudo foi evidenciado maior uso na agricultura de herbicidas (81,1%) e inseticidas (16,3%). No grupo dos trabalhadores expostos, 55% apresentaram leucopenia e 6,7% apresentaram diminuiÃÃo na contagem de cÃlulas vermelhas. Foram evidenciadas alteraÃÃes na creatinina plasmÃtica (p <0,05); nas transaminases e fosfatase alcalina (p<0,01) quando comparado o grupo exposto com o nÃo exposto. Nos resultados do ensaio cometa, o grupo exposto apresentou, em relaÃÃo ao grupo nÃo exposto, uma mÃdia de (32,13 vs 10,12) de Ãndice de dano, e frequÃncia do dano (21,82 vs 9,38), respectivamente. Na classe 1, a genotoxicidade observada foi de 17% para os expostos e 9% para os nÃo expostos. NÃo houve significÃncia entre os danos no DNA em relaÃÃo Ãs variÃveis: tempo de trabalho, nÃo uso de EPI, hÃbito de fumar, consumo de Ãlcool e nÃo consumo de vegetais. Conclui-se que os trabalhadores expostos a agrotÃxicos apresentaram alteraÃÃes enzimÃticas, hematolÃgicas (leucopenia) e instabilidade genÃtica, avaliados por parÃmetros bioquÃmicos e genotÃxicos, demonstrando assim a importÃncia do biomonitoramento dos trabalhadores como uma estratÃgia de vigilÃncia em saÃde do trabalhador no Estado do PiauÃ.

ASSUNTO(S)

biomarcadores farmacolÃgicos genotoxicidade ensaio cometa pesticides occupational health biomarkers genotoxicity comet assay farmacologia clinica praguicidas saÃde do trabalhador

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