Autopercepção em saude bucal e qualidade de vida em idosos não-institucionalizados / Self-perception of oral heath and quality of the in non-instituionalized elderly

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O presente trabalho é composto por dois estudos, realizados com uma amostra de 371 idosos vinculados a Unidades de Saúde da Família, tendo como principal objetivo verificar se há associação entre a autopercepção de saúde bucal do idoso e variáveis clínicas, sociodemográficas, domínios de qualidade de vida e epressão geriátrica, e como sua saúde bucal pode interferir em sua autoavaliação e qualidade de vida. Em ambos, a amostra apresentou média (desvio-padrão) de idade de 67,4 anos (2,8), com maioria na faixa etária entre 60 a 70 anos, predomínio do gênero feminino (63,3%), casados (60,5%) e que cursaram o ensino fundamental (75%). Apresentaram alto índice CPO-D em 28,5 (4,8), quando comparado a outras faixas etárias e alta pocentagem de uso de próteses removíveis (parciais ou totais) 80,6%. O primeiro estudo teve como variável dependente a autopercepção de saúde bucal. Foram realizadas avaliações clínicas (OMS 1999) para índice CPO-D, CPI e Uso/Necessidade de prótese, e utilizados três instrumentos de avaliações não clínicas: 1 – Qualidade de Vida (SF-36); 2 - Autopercepção de saúde bucal (Índice GOHAI) e 3 - Escala de Depressão Geriátrica (Yesavage). Os dados foram avaliados pelos testes de Kruskal-Wallis, Qui-Quadrado e Exato de Fisher (freqüência de respostas menores que 5), utilizando um nível de significância de 95% (α=0,05). A autopercepção de saúde bucal apresentou como resultados, uma autovaliação, pelos examinados, considerada positiva (Gohai>30), apesar dos resultados das avaliações clínicas terem sido contrários a essa autopercepção. Em função da autopercepção, a característica sociodemográfica escolaridade apresentou resultados significativos estatisticamente (p<0,05). Associada aos domínios de qualidade de vida, apresentaram resultados estatisticamente significativos dois (aspectos físicos e emocionais) dos oito domínios, bem como, depressão geriátrica (p<0,05). A metodologia do segundo estudo procurou avaliar aspectos epidemiológicos e a qualidade de vida (por meio de seus oito domínios) do examinado, na qual foram realizadas avaliações clínicas (OMS 1999) para índice CPO-D, CPI e Uso/Necessidade de prótese, e utilizados dois instrumentos de avaliações não clínicas: 1 - Qualidade de Vida (SF-36); 2 - Escala de Depressão Geriátrica (Yesavage). Todas características sociodemográficas apresentaram resultados estatisticamente significativos (p<0.05), associados ao CPO-D, e, gênero e estado civil apresentaram para necessidade de prótese. O uso de prótese apresentou diferença estatisticamente significativa, em função dos domínios capacidade funcional, aspectos físicos, dor e aspectos emocionais. Destes trabalhos, depreende-se que a saúde geral e fatores psicológicos podem ser significativos para o paciente idoso e interferir em suas condições clínicas de saúde bucal, inclusive na progressão de doenças bucais e tratamentos. Observa-se, então, a necessidade de o idoso conhecer-se e autoavaliar-se, segundo suas reais condições de saúde bucal, procurando auxílio profissional e, consequentemente, adquirindo melhor qualidade de vida associada à saúde bucal.

ASSUNTO(S)

quality of life qualidade de vida

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