Autopercepção de vida sexual e fatores associados: estudo populacional em mulheres com 50 anos ou mais

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-07

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de vida sexual em mulheres de 50 anos de idade ou mais, assim como avaliar sua autopercepção em relação à vida sexual e os fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal de base-populacional, por meio de autorrelato em pesquisa domiciliar, envolvendo 622 mulheres brasileiras de 50 anos de idade ou mais. Fatores sociodemográficos, clínicos e comportamentais foram avaliados. A autopercepção da vida sexual foi classificada como muito boa, boa, regular, ruim ou muito ruim. Os dados foram analisados usando-se o teste do χ², o teste exato de Fisher e a análise de regressão múltipla de Poisson. As razões de prevalência e seus intervalos de confiança de 95% foram calculados. RESULTADOS: Das mulheres nesta amostra, 228 (36,7%) relataram ter vida sexual e, destas, 53,5% classificaram-na como muito boa ou boa, enquanto 46,5% consideraram-na regular, ruim ou muito ruim. A análise bivariada indicou que estar na pós-menopausa (p=0,025) e usar remédios naturais para tratamento da menopausa (p=0,035) foram os fatores associados com a classificação da vida sexual pelas mulheres como regular, ruim ou muito ruim. A análise de regressão múltipla mostrou que mulheres que tinham usado ou usavam atualmente remédios naturais para o tratamento da menopausa classificaram sua vida sexual como regular, ruim ou muito ruim. CONCLUSÕES: Mais da metade das mulheres de 50 anos de idade ou mais não referiram vida sexual. Uma pior autopercepção da vida sexual foi associada com o uso de remédios naturais para o tratamento da menopausa. Isso pode indicar a necessidade de melhorias na avaliação e no tratamento dessas mulheres. Pode ser útil na prática clínica a autoavaliação da vida sexual pelas mulheres.

ASSUNTO(S)

envelhecimento comportamento sexual mulheres autoimagem

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