AutoformaÃÃo como exercÃcio do tornar-se educador(a): uma reflexÃo sobre autoridade e microestÃtica do cotidiano. / Self-education as an exercise to become an educator: a discussion of authorship and micro-aesthetics at day by day

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/12/2011

RESUMO

Como educadores e educadoras vivenciam sua autoformaÃÃo na escola e nos projetos sociais quando mediados por uma microestÃtica do cotidiano? Haveria uma estÃtica corroborando no sentido de nos autoformarmos educadores e educadoras? Essas perguntas delineiam o eixo que move este trabalho de pesquisa, na medida em que releio espaÃos considerados formativos, mas que fogem do Ãmbito oficial da formaÃÃo (cursos de MagistÃrio e/ou Licenciatura). Esta dissertaÃÃo propÃe o caminho da autoformaÃÃo pelo viÃs da (auto) criaÃÃo do ser educador e do ser educadora, mediado pela microestÃtica do cotidiano. Metodologicamente, apoio-me na proposta autobiogrÃfica (JOSSO) e, desse modo, desbravo histÃrias de vida construindo lugares de diÃlogo entre os educadores e educadoras que compÃem este trajeto. Para a anÃlise dos lugares e condiÃÃes de formaÃÃo escolhidos, elejo o grupo de mulheres bordadeiras do Projeto Social CrianÃa Feliz; a prÃxis pedagÃgica de uma arte-educadora da escola municipal DemÃcrito Rocha, em Messejana, e o trabalho de um educador social, que envolve a reconstituiÃÃo do reisado da comunidade do Ancuri. Utilizo-me do Jornal de Pesquisa como modo de autorizar minhas observaÃÃes na construÃÃo da pesquisa e de fotografias geradas nestes cenÃrios, como textos e prÃ-textos passÃveis de oferecer visibilidades estÃticas ao movimento de produÃÃo de subjetividades (tambÃm minhas e das pessoas envolvidas na pesquisa). Para seguir nesta proposiÃÃo, utilizo-me do referencial teÃrico de, principalmente, Ostrower, Macedo, Warschauer e Richter, apoiada tambÃm em Maturana, Marcos Vilella Pereira e Freire. Encontro, na pesquisa, a necessidade de, em (auto)formaÃÃo de educadores e educadoras, gerar-se continuamente espaÃos e tempos de produÃÃo de si, que envolvam prÃticas de microestÃtica, onde os atravessamentos do afetar e ser afetado trabalhem produÃÃo de sentido do cotidiano e laborem na direÃÃo de potencializar o sujeito como ser propositivo e criador de si. Nos meus resultados de pesquisa, tambÃm constato a necessidade de exercÃcios de autoralidade na (auto)formaÃÃo do educador e da educadora capazes de incluir um trabalho com a existencialidade do ser por inteiro e, para isso, a microestÃtica à eficaz no sentido de alcanÃarmos mÃltiplas dimensÃes dos sujeitos. Esse movimento de autoralidade para alcanÃar essa inteireza pode ser mediado pelo exercÃcio da microestÃtica que, desse modo, funciona como um processo formador que pÃe em jogo a existencialidade da pessoa em seus diversos Ãmbitos de atuaÃÃo na vida. O estudo feito mostra a contribuiÃÃo da microestÃtica do cotidiano como experiÃncia de formaÃÃo dos professores em espaÃos formais e nÃo-formais. Nos espaÃos formais, a experienciaÃÃo com a microestÃtica realiza a conexÃo entre educaÃÃo popular em seus nÃcleos crÃticos e o cotidiano escolar, ao trazer os extratos da vida do professor para serem elaborados reflexiva e esteticamente. Nos espaÃos nÃo-formais, à fundamental a vinculaÃÃo do educador social Ãs experienciaÃÃes da cultura local e o exercitar-se em redes sociais, quando os percursos podem ser mediados pela microestÃtica do cotidiano. Viu-se que a microestÃtica do cotidiano proporciona que o trabalho com a artisticidade dos sujeitos educadores possa ser vivido como possibilidade de singularizaÃÃo do ser, o que reveste para maior liberdade e aÃÃo autoral â logo, formativa, uma vez que a microestÃtica trabalha com sentimentos transformados em obras.

ASSUNTO(S)

educacao autoformaÃÃo microestÃtica autoralidade criaÃÃo self-education day-by-day micro-aesthetics authorship artistry professores - formaÃÃo

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