Auto-avaliação de escolas: processo construído coletivamente nas instituições escolares

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Diferentes perspectivas sobre a avaliação das instituições escolares vêm sendo analisadas e debatidas tanto no contexto brasileiro como no plano internacional. Trata-se de utilizar como objeto de estudo a escola e a avaliação que nela e dela se faz. Partindo-se da premissa que a avaliação interna da escola como processo coletivo não constitui ainda uma prática na grande maioria das instituições escolares e que é escassa a produção científica sobre essa problemática, em especial na literatura brasileira, propôs-se esta pesquisa, cujo propósito é construir um processo de auto-avaliação institucional significativa e efetiva para a escola básica. Procura-se responder à seguinte questão norteadora: como construir um processo de autoavaliação institucional na escola básica, disponibilizando-se conceitos, procedimentos e instrumentos analíticos inovadores e voltados ao desenvolvimento institucional? A pesquisa teve como espaço/sujeitos da investigação professores, funcionários e pais de uma escola que oferta a Educação Básica, nas modalidades de Educação Infantil e Ensino Fundamental, localizada em município paranaense. O primeiro capítulo traz a fundamentação teórica sobre avaliação educacional, abordando a centralidade da discussão na contemporaneidade: a presença do Estado Avaliador e suas conseqüências, e as relações entre escola, currículo e avaliação. Para aprofundar o entendimento das concepções de avaliação educacional e suas relações com os contextos sociais, políticos e econômicos, aborda-se no segundo capítulo a evolução das concepções de avaliação, os espaços epistemológicos nos quais as investigações avaliativas se assentam e a importância da coerência no desenvolvimento da avaliação da e na escola. No terceiro capítulo reflete-se sobre os pressupostos teórico-práticos de um processo de auto-avaliação da escola construído coletivamente. A pesquisa-ação institucional, opção metodológica adotada, e os procedimentos da análise documental, do diário de pesquisa, do grupo focal e o questionário compõem o quarto capítulo. Para a apresentação das respostas das questões fechadas dos questionários, os dados foram tabulados e organizados em tabelas e gráficos. As respostas das questões abertas e das discussões transcritas dos grupos focais basearam-se no software qualiquantisoft, programa desenvolvido para o procedimento metodológico do Discurso do Sujeito Coletivo DSC, que possibilitou a construção de uma série de discursos sínteses que compõem o quinto capítulo. Apresentados e analisados à luz do referencial teórico, tais discursos contribuem para a apreensão dos sentidos que os professores, pais, alunos e funcionários conferem às ações educativas ao avaliarem a escola, possibilitando assim a construção coletiva de um conhecimento acerca da auto-avaliação. Finalmente, a pesquisa confirma que a auto-avaliação pode ser desenvolvida coletivamente nas instituições escolares, desde que assentada numa postura dialético-crítica, tendo pessoas da comunidade escolar como sujeitos dessa ação. Por um lado, acredita-se que o trabalho poderá contribuir para explicitar a complexidade que envolve a construção de um processo de autoavaliação da escola; por outro, que ele permitirá apontar caminhos para a construção de uma nova cultura de avaliação nos espaços escolares, capaz de viabilizar tanto o desenvolvimento profissional quanto o institucional: a autoavaliação da escola como processo construído coletivamente nas instituições escolares

ASSUNTO(S)

educacao educational evaluation institutional development escolas -- organizacao e administracao -- avaliacao grupo focal focal group auto-avaliação de escolas self-evaluation in schools avaliacao educacional desenvolvimento institucional

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