Autism and quality of life / Autismo e qualidade de vida

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

OBJETIVOS: Avaliar o índice de qualidade de vida (QV) em portadores de Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, verificando se suas percepções de vida diferem ou não das percepções de crianças normais. PACIENTES E MÉTODOS: Foram estudadas 20 crianças autistas do sexo masculino, com idades entre 4 e 12 anos, submetidas à avaliação diagnóstica pela Escala de Traços Autísticos-ATA e pela Vineland Adaptive Behavior Scales, para que fossem incluídas na amostra somente crianças cujo índice de comportamento adaptativo tivesse pontuação igual e/ou acima de 70. A pesquisa teria de envolver autistas cujo perfil fosse compatível ao grupo controle. Os dados sobre QV foram obtidos pela Escala de Qualidade de Vida-AUQEI e comparados partir da aplicação da Vineland e da AUQEI em uma população de crianças normais, pareadas quanto a sexo e idade com o grupo experimental. RESULTADOS: Na avaliação da ATA, obteve-se uma média de 33,75 com desvio padrão de 4,95. Os índices da Vineland sugerem que crianças normais têm maior probabilidade de apresentarem nível de comportamento adaptativo adequado do que crianças autistas (p_valor=0,0196). Nos dados sobre QV, verificou-se que os índices gerais são iguais para ambos os grupos, indicando QV positiva, (p_valor=0,744). Nos subdomínios da AUQEI, referente a funções, família e férias, crianças autistas apresentaram índices normais de QV, e índice mais elevado, no que se refere à autonomia. Os resultados justificam-se na visão de que crianças autistas possuem a teoria da mente alterada, ou seja, apresentam déficits na capacidade de levar em consideração seu próprio estado mental, bem como os dos outros. Esses déficits na capacidade de inferir a respeito do que as pessoas pensam e sentem ocasionaria menor crítica de si e do mundo, permitindo que elas se auto-avaliem, de maneira mais positiva e satisfatória do que uma criança de mesma idade, não autista. Pois a criança normal, por ter uma teoria da mente preservada, se vê e vê o outro a vendo, fazendo avaliações e reavaliações de si mesmo. CONCLUSÃO: Crianças autistas quando avaliadas em sua percepção pessoal e não em termos de funcionalidade, apresentam índices de QV iguais aos índices de crianças normais

ASSUNTO(S)

personal satisfaction satisfação pessoal autismo auto-avaliação questionarios questionnaires qualidade de vida autism quality of life self-evaluation

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