Ausência da Lutzomyia longipalpis em algumas áreas de ocorrência de leishmaniose visceral no Município do Rio de Janeiro
AUTOR(ES)
Souza, Marcos Barbosa de, Marzochi, Mauro Célio de Almeida, Carvalho, Raimundo Wilson de, Ribeiro, Paulo César, Pontes, César dos Santos, Caetano, Jairo Meródio, Meira, Antonio de Medeiros
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-12
RESUMO
Em 1977 foi diagnosticado o primeiro caso autóctone de leishmaniose visceral (LV) humano no Município do Rio de Janeiro. A partir de 1980, foram diagnosticados 54 casos autóctones em diversas localidades, sendo que desde 1993 ocorreram 17 casos humanos autóctones notificados. Oito deles ocorreram no bairro de Barra de Guaratiba e o restante distribuído pelos bairros: Camorim, Colônia, Grota Funda, Grumari, Ilha de Guaratiba e Carapiá. Entre setembro de 1996 a dezembro de 1999, foram realizadas capturas de flebotomíneos em 18 localidades nas encostas do maciço da Pedra Branca, no município, e coletados 18.303 espécimes com predomínio de L. intermedia (87,33%), L. migonei (6,59%), L. longipalpis (3,10%) e L. firmatoi (1,90%). A espécie L. longipalpis predominou em Barra de Guaratiba (46,80%), permanecendo ausente nas outras seis localidades onde também ocorreram casos de LV, o que sugere a participação de outras espécies tais como L. migonei e L. firmatoi, pertencentes ao mesmo grupo parafilético da espécie vetora, na cadeia de transmissão da LV na região.
ASSUNTO(S)
psychodidae leishmaniose visceral controle de vetores
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