Aumento do estresse oxidativo após hipotermia em ratos com pancreatite induzida por ceruleína

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

BACKGROUND: Hipotermia é um evento freqüente em episódios de pancreatite aguda, contudo seu efeito real sobre pâncreas normal ainda não esta bem demonstrado. Além do mais, o efeito da hipotermia no decorrer da pancreatite aguda também não está completamente esclarecido. Uma das hipóteses sobre as causas das lesões causadas ou tratadas por hipotermia aventa a implicação de estresse oxidativo. OBJETIVOS: Investigar o efeito da hipotermia em ratos com pancreatite aguda induzida por ceruleína e o papel do estresse oxidativo neste processo. MÉTODOS: Ratos Wistar machos foram divididos em grupos hipotérmicos e normotérmicos. Hipotermia foi induzida com uma bolsa gelada de forma que a temperatura retal permanecesse em 30ºC por uma hora. Pancreatite aguda foi induzida com duas aplicações de ceruleína (20 ìg/kg) administradas com intervalo de uma hora. A amilase sérica, a permeabilidade vascular do pâncreas, a razão peso seco/peso úmido do pâncreas, a histopatologia e os níveis de glutationa foram analisados em cada grupo. RESULTADOS: Ratos hipotérmicos, com pancreatite aguda induzida por ceruleína, apresentaram maiores níveis de permeabilidade vascular no pâncreas (p < 0.05), razão peso seco/peso úmido do pâncreas (p = 0.03), e edema histológico (p < 0.05), mas os níveis de amilase sérica permaneceram iguais aos níveis apresentados pelos ratos normotérmicos. O grupo hipotérmico apresentou maior relação glutationa oxidada/glutationa reduzida em relação ao grupo normotérmico. CONCLUSÃO: Hipotermia moderada produziu uma maior resposta inflamatória em ratos com pancreatite aguda estabelecida, induzida por ceruleína, sugerindo que este efeito pode estar ligado a um maior índice de estresse oxidativo em ratos com pancreatite aguda.

ASSUNTO(S)

pancreatite aguda ceruleína hipotermia estresse oxidativo glutationa

Documentos Relacionados