Atributos fÃsicos do solo e produtividade da soja sob plantas de cobertura.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A associaÃÃo dos benefÃcios do sistema plantio direto e da rotaÃÃo de culturas com a necessidade de amenizar problemas oriundos da compactaÃÃo do solo mostra que o uso de plantas de cobertura aparece como um manejo interessante na melhoria da qualidade do solo e consequentemente, da produtividade de culturas comerciais. Entretanto, os atributos do solo apresentam dependÃncia espacial, portanto, necessitam de anÃlise geoestatÃstica para detectar a estrutura de dependÃncia dentro da Ãrea em estudo. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho de plantas de cobertura em manejo de inverno e a variabilidade espacial de porosidade, densidade e teor de Ãgua do solo e produtividade da soja. O experimento foi implantado sob delineamento experimental de blocos ao acaso, com trÃs blocos, cinco tratamentos e duas repetiÃÃes por tratamento. Cada parcela foi uma faixa de 5,1 m de largura e 133 m de comprimento. Os tratamentos foram os cinco manejos de inverno: aveia preta; consÃrcio 1 (consÃrcio de nabo forrageiro e aveia preta); consÃrcio 2 (consÃrcio entre nabo forrageiro, aveia preta e ervilhaca comum); trigo; e testemunha (permaneceu em pousio durante o inverno). Os dados foram coletados em uma Ãrea de 2ha, em duas Ãpocas: antes de cada semeadura e apÃs o manejo dos tratamentos de inverno em que se avaliaram macroporosidade, microporosidade, porosidade total, densidade e teor de Ãgua do solo, na profundidade de 0 - 0,1 m. O manejo das plantas de cobertura foi realizado com rolo-faca e o trigo colhido com colhedora. A soja foi semeada em toda Ãrea no verÃo e determinada sua produtividade para cada tratamento. ApÃs as anÃlises exploratÃria e geoestatÃstica, ajustaram-se os modelos teÃricos aos semivariogramas para cada atributo por meio da validaÃÃo cruzada. Para elaboraÃÃo de cada mapa, consideraram-se os pontos amostrais relativos a cada tratamento de inverno. EntÃo, realizou-se a interpolaÃÃo dos valores para toda a Ãrea, como se em toda Ãrea tivesse sido usado o respectivo tratamento. Para comparaÃÃo dos mapas elaborados para os diferentes tratamentos, utilizou-se o coeficiente de desvio relativo (CDR) sendo a testemunha a referÃncia. Para a avaliaÃÃo do grau de correlaÃÃo entre as variÃveis, foram utilizados o coeficiente de correlaÃÃo linear de Pearson e o coeficiente de correlaÃÃo nÃo-paramÃtrica de Spearman. Na primeira anÃlise do solo, todas as variÃveis apresentaram dependÃncia espacial. Tal fato, entretanto, nÃo foi verificado na segunda anÃlise do solo, na qual, com exceÃÃo da produtividade da soja, todas as variÃveis apresentaram efeito pepita puro em algum tratamento (exceto para o ConsÃrcio 2). A reduÃÃo da macroporosidade promoveu os altos valores para a densidade do solo que, por sua vez, diminuÃram a capacidade do solo em reter Ãgua. As plantas de cobertura utilizadas melhoraram a macroporosidade e porosidade total em algumas regiÃes dentro da Ãrea em estudo. O uso da aveia preta como planta de cobertura foi mais eficiente em manter mais elevado o teor de Ãgua do solo e pode ser recomendado em rotaÃÃo com a soja pelo potencial para diminuiÃÃo da densidade do solo.

ASSUNTO(S)

variabilidade espacial porosidade do solo densidade do solo rotaÃÃo de culturas spatial variability soil porosity bulk density crop rotation engenharia agricola

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