Através do espelho: subjetividade em Minha formação, de Joaquim Nabuco

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ciências Sociais

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-10

RESUMO

Este trabalho tem a intenção de examinar os diferentes caminhos pelos quais Joaquim Nabuco modela a sua personalidade em Minha formação, elegendo-se o tema da viagem, em particular para a Europa, como o fio condutor desta investigação. Tendo sempre como referência a forma pela qual os valores políticos e literários se combinam na sua reflexão, o que se pretende aqui é sugerir que a subjetividade de Nabuco dá a impressão de ser elaborada em pelo menos dois níveis distintos, embora estreitamente articulados. O primeiro, corresponde à juventude do autor, marcada por uma melancólica curiosidade que implica, no limite, um contato rápido e superficial com os objetos que ele procura conhecer; o segundo envolve, antes de mais nada, uma relação com o plano das tradições, especialmente as inglesas, cuja permanência, extensão e variedade irão promover um clima de serenidade e liberdade que se converte em uma espécie de eixo em torno do qual Nabuco irá conceber a sua biografia.

ASSUNTO(S)

joaquim nabuco melancolia subjetividade viagens à europa

Documentos Relacionados