Através do espelho: subjetividade em Minha formação, de Joaquim Nabuco
AUTOR(ES)
Araújo, Ricardo Benzaquen de
FONTE
Revista Brasileira de Ciências Sociais
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004-10
RESUMO
Este trabalho tem a intenção de examinar os diferentes caminhos pelos quais Joaquim Nabuco modela a sua personalidade em Minha formação, elegendo-se o tema da viagem, em particular para a Europa, como o fio condutor desta investigação. Tendo sempre como referência a forma pela qual os valores políticos e literários se combinam na sua reflexão, o que se pretende aqui é sugerir que a subjetividade de Nabuco dá a impressão de ser elaborada em pelo menos dois níveis distintos, embora estreitamente articulados. O primeiro, corresponde à juventude do autor, marcada por uma melancólica curiosidade que implica, no limite, um contato rápido e superficial com os objetos que ele procura conhecer; o segundo envolve, antes de mais nada, uma relação com o plano das tradições, especialmente as inglesas, cuja permanência, extensão e variedade irão promover um clima de serenidade e liberdade que se converte em uma espécie de eixo em torno do qual Nabuco irá conceber a sua biografia.
ASSUNTO(S)
joaquim nabuco melancolia subjetividade viagens à europa
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