Atividades farmacêuticas de natureza clínica na atenção básica no Brasil
AUTOR(ES)
Araújo, Patricia Sodré, Costa, Ediná Alves, Guerra Junior, Augusto Afonso, Acurcio, Francisco de Assis, Guibu, Ione Aquemi, Álvares, Juliana, Costa, Karen Sarmento, Karnikowski, Margô Gomes de Oliveira, Soeiro, Orlando Mario, Leite, Silvana Nair
FONTE
Rev. Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/11/2017
RESUMO
RESUMO OBJETIVO Caracterizar as atividades de natureza clínica desenvolvidas pelos farmacêuticos nas unidades básicas de saúde e sua participação em atividades educativas de promoção da saúde. MÉTODOS O artigo integra a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Uso Racional de Medicamentos – Serviços 2015, estudo transversal, exploratório, de natureza avaliativa, composto por levantamento de informações numa amostra representativa de municípios, estratificada pelas regiões do Brasil que constituem domínios do estudo, e sub-amostra de serviços de atenção básica. Os farmacêuticos entrevistados (n = 285) eram responsáveis pela entrega de medicamentos e foram entrevistados pessoalmente com uso de roteiro. A caracterização das atividades de natureza clínica baseou-se em informações dos farmacêuticos que declararam realizá-las, e a participação em atividades educativas e voltadas à promoção da saúde, em informações de todos os farmacêuticos. Os resultados são apresentados em frequência e respectivos intervalos de confiança de 95%. RESULTADOS Dos entrevistados, 21,3% afirmaram realizar atividades de natureza clínica. Destes, mais de 80% as consideram muito importante; a maioria não dispõe de local específico para realizá-las, prejudicando a privacidade e confidencialidade nessas atividades. As principais denominações foram orientação farmacêutica e atenção farmacêutica. O registro das atividades é feito principalmente em prontuário do usuário, sistema informatizado e documento próprio arquivado na farmácia, o que dificulta a circulação das informações entre os profissionais. A maioria realiza as atividades principalmente em conjunto com médicos e enfermeiros; 24,7% raramente participam de reuniões com a equipe de saúde e 19,7% nunca participou. CONCLUSÕES As atividades de natureza clínica desempenhadas por farmacêuticos no Brasil ainda são incipientes. As dificuldades encontradas apontam improvisação e esforço dos profissionais. A pequena participação em atividades educativas de promoção da saúde indica pouca integração dos farmacêuticos na equipe de saúde e da assistência farmacêutica nas demais ações de saúde.
ASSUNTO(S)
farmacêuticos atenção farmacêutica assistência farmacêutica atenção primária à saúde pesquisa sobre serviços de saúde sistema Único de saúde
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