Atividade lítica pelo sistema complemento em promastigotas de Leishmania (Leishmania) infantum frente a componentes salivares de Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis (Diptera: Psychodidae)
AUTOR(ES)
Alexandre Alves de Sousa Nascimento
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
18/02/2011
RESUMO
Desde os primeiros relatos de leishmaniose visceral no Brasil, o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis tem sido incriminado como o principal vetor de Leishmania infantum, agente causador da leishmaniose visceral nas Américas. A saliva do vetor modula a resposta imune do hospedeiro em diferentes níveis, incluindo a inibição da ativação do complemento, tornando-se um componente de grande importância no processo de transmissão desta parasitose. O presente trabalho teve como objetivo mostrar a importância dos inibidores do complemento salivares de L. longipalpis para a sobrevivência de promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano ou de cães. A quantidade de saliva liberada pelas fêmeas durante o repasto sanguíneo também foi estimada. Considerando que a opsonização com C3b parece ser importante para a fagocitose de Leishmania de uma maneira que evite a ativação de macrófagos, investigamos a deposição de C3b na superfície do parasita na presença ou ausência de saliva por imunofluorescência indireta. Promastigotas em fase estacionária foram parcialmente sensíveis ao soro humano normal (5% de soro matou quase 50% das promastigotas). Observamos uma redução significativa na morte celular quando as promastigotas foram expostas ao soro humano normal na presença de saliva. Este efeito foi dependente da concentração de saliva. Embora apresentem relativa sensibilidade ao complemento humano, as promastigotas apresentaram grande resistência à lise pelo complemento de cães infectados e não infectados. Para todos os hospedeiros, a deposição de C3b foi eficiente na presença e ausência de saliva, mostrando que, embora diminuindo a ação lítica pelo soro humano normal, a saliva não impede a opsonização das promastigotas pelo complemento. Como a saliva favorece a sobrevivência das promastigotas de L. infantum quando expostas ao soro humano, ela poderia ser fundamental no processo de transmissão do parasita ao homem. De modo geral, nossos resultados poderiam explicar por que os cães são mais suscetíveis a serem infectados por L. infantum que os humanos
ASSUNTO(S)
parasitologia teses. leishmania teses. lutzomia teses. ativação do complemento decs leishmania infantum
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8R4N35Documentos Relacionados
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