Atividade inseticida do extrato bruto etanólico de persea americana (lauraceae) sobre larvas e pupas de aedes aegypti (diptera, culicidae) / Insecticidal activity of ethanolic crude extract of persea americana (lauraceae) on larvae and pupae of aedes aegypti (diptera, culicidae)

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/02/2011

RESUMO

Na busca de alternativas ao controle do Aedes aegypti, em vista da resistência aos inseticidas sintéticos, a investigação de compostos vegetais vem se destacando, pela degradação mais rápida e menor toxicidade aos vertebrados. Assim, avaliou-se o efeito inseticida do extrato bruto etanólico (ebe) da casca de Persea americana Mill sobre larvas e pupas de Ae. aegypti. Após a obtenção do ebe este foi solubilizado em dimetilsulfóxido (DMSO), obtendo assim a solução-teste. Para cada bioensaio e repetição, tanto em laboratório quanto em campo foram utilizadas 100 larvas de cada estádio e 100 pupas. A mesma quantidade foi usada para os controles positivos e negativos realizados com o temefós (1ppm) e DMSO a 1,6%. Todos os bioensaios foram realizados com os principais criadouros artificiais urbanos, pneu, vidro e plástico. Os resultados obtidos demonstraram a atividade inseticida do ebe de P. americana em larvas e pupas de Ae. aegypti. Houve mortalidade de 100% das larvas de 1 e 2 estádios em laboratório na dose de 5ppm e em campo na dose de 10ppm. No laboratório as CL50 e CL90 foram, respectivamente, de 7,2 e 19,3 ppm para o 3 estádio, de 6,6 e 15,4 ppm para 4 estádio e de 93,6 e 158,7ppm para pupas. Seguindo a mesma ordem, no campo, as CL50 e CL90 foram de 27,8 e 51,3ppm ara o 3estádio, de 23,8 e 46,9 ppm para o 4 estádio e de 145,3 e 261,9 ppm para as pupas. O fator mais importante deste trabalho foi o efeito pupicida de P. americana, pois é muito raro encontrar esse efeito em outros produtos, tanto naturais quanto sintéticos. Esses resultados são sugestivos de aprimorarem estudos químicos para identificação de compostos ativos. Testes de toxicidade oral aguda com ratos foram realizados com o ebe dessa planta que mostraram-se atóxico de acordo com as normas do (Acute Toxic Class Method - OECD 423) para produtos de origem vegetal.

ASSUNTO(S)

persea americana aedes aegypti inseticida larva pupa medicina aedes aegypti persea americana insecticidal larvae pupae

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