Atividade inseticida de extratos vegetais sobre Gyropsylla spegazziniana (Lizer &Trelles, 1917) (HemÃptera: Psyllidae)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A erva-mate (Ilex paraguariensis) à uma planta de importÃncia econÃmica para o Brasil, principalmente para os estados da regiÃo Sul, onde se concentram a produÃÃo e consumo. As folhas sÃo industrializadas visando ao preparo de chÃs, chimarrÃo, pà solÃvel, bem como à obtenÃÃo de princÃpios ativos farmacÃuticos e cosmÃticos. A Gyropsylla spegazziniana (HemÃptera: Psyllidae) à considerada uma das principais pragas da erva-mate, pois causa hipertrofia de folhas novas, dando origem ao sintoma conhecido com âampola-da-erva-mateâ, estrutura que abriga as ninfas, que se alimentam neste local, atà prÃximo da fase adulta. As folhas danificadas geralmente caem e reduzem o rendimento da cultura. Sendo a erva-mate consumida praticamente in natura, o uso de agroquÃmicos nÃo à recomendado. O emprego de plantas inseticidas à alternativa para o controle das pragas desta cultura, jà que nÃo oferecem riscos ao ambiente nem ao ser humano. Assim, o objetivo do presente trabalho foi testar a eficiÃncia de extratos de Eucalyptus spp., Azadirachta indica, Melia azedarach, Cymbopogon citratus, Chrysanthemum spp., Trichilia pallida, Leucaena leucocephala, Chenopodium ambrosioides e Annona squamosa no controle de G. spegazziniana, em condiÃÃes de laboratÃrio. Para fazer uma seleÃÃo inicial, foram testados extratos etanÃlicos a 25%, aquosos a 20%, e um produto comercial à base de sementes de neem (Organic neemÂ), a 10% e foram selecionados os que causaram, no mÃnimo, 50% de mortalidade. O controle nÃo recebeu tratamento algum. Os extratos foram pulverizados prÃvia e posteriormente à infestaÃÃo dos insetos-teste nas mudas ou galhos de erva-mate. Na primeira etapa, o Ãnico tratamento eficiente, na pulverizaÃÃo prÃvia foi o extrato aquoso a 20% de Chrysanthemum spp. (85%). Os extratos alcoÃlicos a 25%, com a utilizaÃÃo do mesmo mÃtodo demonstraram melhores resultados: A. squamosa (93,6%), T. pallida (90,4%), C. citratus (58,2%), Eucalyptus spp (51,6%) e M. azedarach (64,5%). No mÃtodo de pulverizaÃÃo posterior, o Eucalyptus spp, e a M. azedarach aquosos, com 77,7% e 70,5% respectivamente, demonstraram potencial para controle do inseto. A L. leucocephala (100%), Chrysanthemum spp 85,5%), C. citratus (55,5%), A. squamosa (51,6%), C. ambrosioides (55,5%) alcoÃlicos foram os mais eficazes. ApÃs a diluiÃÃo a 10%, apenas o extrato de C. citratus alcoÃlico e o produto comercial, com o mÃtodo de pulverizaÃÃo posterior, demonstraram potencial inseticida, com mortalidade acima de 50%.

ASSUNTO(S)

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