Atividade física na prevenção de diabetes em etnia negra: quanto é necessário?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a quantidade (intensidade e duração) de atividade física total e em seus diferentes domínios (trabalho, deslocamento, atividade doméstica e tempo livre) como preditores da ausência de diabetes em população de etnia negra. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 2305 adultos negros de 20 anos a 96 anos de idade, sendo 902 (39,1%) homens, residentes na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Foram construídas curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) e comparadas às áreas entre a quantidade de atividade física em seus diferentes domínios e a ausência de diabetes. Verificou-se também a sensibilidade e especificidade para identificar os melhores pontos de corte da quantidade de atividade física para a ausência de diabetes. Com base nestes pontos de corte, construiu-se modelo multivariado para identificar associação entre atividade física e diabetes. RESULTADOS: Entre as diferentes quantidades de atividade física encontrou-se maior significância estatística nas áreas sob a curva ROC na atividade física total, nas atividades moderadas realizados no tempo livre e no trabalho entre os homens, e no deslocamento entre as mulheres. A caminhada isoladamente não foi bom preditor da ausência de diabetes entre homens. Observou-se também que 185 minutos/semana de atividade física acumulada nos diferentes domínios para homens e 215 minutos/semana para mulheres foram os melhores pontos de corte para predizer a ausência de diabetes, porém após análise multivariada encontrou-se associação entre atividade física e diabetes apenas entre os homens. CONCLUSÃO: A atividade física acumulada nos diferentes domínios deve ser sugerida em quantidades adequadas para a população de etnia negra visando contribuir para a prevenção do diabetes.

ASSUNTO(S)

atividade motora diabetes mellitus prevenção de doenças

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