Atitudes, crenças e comportamentos de homens e mulheres em relação ao dinheiro na vida adulta

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/10/2012

RESUMO

Este estudo teve como objetivo avaliar atitudes, crenças e comportamentos de homens e mulheres em relação ao uso do dinheiro ao longo da vida adulta. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, constando de dois questionários: um sobre dados dos participantes e outro, Dinheiro no Presente e duas escalas: a Dinheiro no Passado e no Futuro (Money in the Past and Future Scale-MPFS) e Crenças e Comportamentos em Relação ao Uso do Dinheiro (Money Beliefs and Behaviour Scale MBBS) que foram respondidos on line, por 600 participantes, dos quais 423 mulheres e 177 homens, 327 casados, 170 solteiros e 95 separados/divorciados. Destes, 294 estavam no início da vida adulta, 291 na vida adulta intermediária e 15 na vida adulta tardia. Os resultados foram submetidos a análise estatística. Confirmaram-se estudos anteriores a respeito da importância da família de origem como agente na aprendizagem no uso do dinheiro, da mesma forma que esta foi considerada prioridade no uso do dinheiro tanto para homens quanto para mulheres. Em relação a diferenças e semelhanças, vimos que sexo, período da vida adulta e estado civil são variáveis que devem ser levadas em consideração. Os indivíduos no início da vida adulta e solteiros usam mais o dinheiro consigo mesmos, enquanto os casados e divorciados, com a família. Os homens investem mais enquanto as mulheres poupam. Além disso, para eles o dinheiro mostrou-se como aspecto mais central na vida, enquanto elas consideram a família, confirmando que diferenças de gênero ainda se fazem mais presentes na população. Em relação ao endividamento, constatamos que o mesmo não está relacionado a sexo, período de desenvolvimento e estado civil, o que demanda outras variáveis para sua compreensão, principalmente diferenças de personalidade. Quanto às atitudes, identificamos os fatores Obsessão, Retenção, Inadequação, Segurança, Privacidade e Esforço/habilidade, sendo que em nossa amostra, os fatores que tiveram maiores médias foram Privacidade e Segurança e as menores, Retenção e Obsessão, retratando o Brasil: ao mesmo tempo em que as pessoas mantêm na esfera do privado seus números financeiros e arriscam menos ao aplicá-lo, no outro extremo, o dinheiro não aparece como aspecto central da vida, não se tendo dificuldades para gastá-lo, especialmente quando se refere ao bem estar próprio e da família

ASSUNTO(S)

psicologia dinheiro uso do dinheiro gênero períodos da vida adulta money ese of money gender periods of adulthood

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