Atherogenic effect of air pollution: association to anti-oxLDL and anti peptide D- ApoB and imorphometric and inflamatory aspects / Efeito aterogênico da poluição atmosférica: associação aos anticorpos anti LDLox e anti peptídeo D da apoB e aos aspectos morfométricos e inflamatórios

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

A poluição atmosférica de grandes centros urbanos é relacionada com o aumento dos índices de mortalidade e morbidade, principalmente em indivíduos com predisposição às doenças cardiovasculares e progressão da aterosclerose. Com o objetivo de verificar o potencial aterogênico da poluição atmosférica da cidade de São Paulo avaliamos o comportamento do estresse oxidativo e produção de auto-anticorpos em modelo murino experimental "in vivo". Foram analisados os seguintes parâmetros: quantidade de lipídeo e espessura da placa aterosclerótica por analisador de imagens, oxidação da LDL sérica (TBARS) e tecidual e imunohistoquímica (8-isoprostano), ativação macrofágica (imunohistoquímicaMAC2) e produção de anticorpos anti-LDL oxidada (LDLox) e anti-peptídeo D da apoB-100 (ELISA). Os dados foram estudados na emergência, arco e porção descendente da aorta em 40 camundongos LDLR - / - knockout, machos, 30 dias de idade expostos às câmaras de intoxicação seletiva não filtrada e filtrada para material particulado e gases tóxicos, no período de Maio/Setembro de 2004. Nesse período não houve ultrapassagem dos níveis aceitáveis de poluição. Os animais foram divididos em 4 grupos: Filtrada-Padrão (FP), Filtrada-E.Col.(FEcol), Poluída-Padrão (PP) e Poluída-E.Col.(PEcol). Obtivemos os seguintes resultados: maior aumento dos níveis de colesterol total nos grupos FEcol e PEcol (p<0,05); triglicérides séricos menores no grupo PEcol (p<0,05); aceleração de oxidação LDL sanguínea apenas no grupo PEcol; índices aumentados de anticorpos anti-LDLox e anticorpos anti-peptídeo D nos grupos PP e PEcol em relação aos demais (p<0,05); maior quantidade de gordura na raiz da aorta nos grupos com dieta Ecol (p<0,05) porém com espessura da placa superior apenas no grupo PEcol (p<0,05). A região descendente e o arco (núcleo necrótico e placa aterosclerótica) não apresentaram diferenças na análise de estresse oxidativo. A quantificação de macrófagos na aorta descendente foi maior no grupo FEcol em relação aos animais com dieta padrão (p<0,05). O núcleo necrótico e placa aterosclerótica do arco aórtico apresentaram o mesmo comportamento: FEcol maior que PP e FP (p<0,05). Concluímos que a poluição atmosférica urbana, mesmo em níveis considerados aceitáveis, potencializa a progressão da aterosclerose.

ASSUNTO(S)

arteriosclerosis auto-anticorpos arteriosclerose mice knockout aorta torácica/fisiopatologia camundongos knockout macrophages air pollution/adverse effects estresse oxidativo aorta thoracic oxidative stress autoantibodies poluição do ar/efeitos adversos macrófagos

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