Mitigation of risks to systems of terraces in Goiás / Atenuação de riscos em sistemas de terraceamento em Goiás

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O dimensionamento, implantação e manutenção de sistemas de terraceamento nem sempre segue padrões técnicos, resultando em gastos desnecessários ou riscos de falha das estruturas. Neste estudo quantificou-se, por meio de simulações, o aumento na altura recomendada do camalhão de terraços (Hr) em nível promovido pelo uso de coeficientes de desuniformidade (Cd), relacionando-os com a alteração no período de retorno (TR). Estas foram realizadas utilizando o software Terraço 3.0, no qual foram determinados o espaçamento e a Hr, para 10 localidades do estado de Goiás. Considerou-se, para este fim, uma condição padrão, alterando-se entre os sistemas de preparo de solo convencional e plantio direto e variando-se o TR e o Cd. Foram levantados, também, por meio de entrevistas, de modo aberto, com Agrônomos, os aspectos considerados pelos técnicos no dimensionamento e implantação deste tipo de prática conservacionista. Avaliou-se, ainda, a uniformidade de terraços planejados para implantação em nível em cinco áreas, nas quais foram realizadas leituras de crista, com nível ótico, em três terraços. Nos pontos de maior e menor leitura de cada terraço foram levantadas as seções de acumulação. Nas simulações obteve-se Hr média de 40,8 cm para plantio convencional e de 47,7 cm para o sistema de plantio direto. Em média, o aumento de 1 décimo no valor do Cd, foi igual à variação de 5 anos ou mais no TR, com diferenças crescentes em favor do Cd. A Hr com o uso do Cd 1,7 foi equivalente a um TR de 113,39 anos para o plantio convencional e de 112,12 anos para o plantio direto. O aumento médio na Hr para cada incremento de 5 anos no TR ou de 0,1 no Cd foi, em todos os casos, menor que dois centímetros. De acordo com as entrevistas, de modo geral, os profissionais terceirizam o dimensionamento e/ou locação de terraços para agrimensores, e também não conferem o trabalho contratado. Esses, quando realizam projetos de terraceamento não consideram critérios técnicos necessários ao projeto e à implantação do sistema. Nas medidas de campo não foi observada uniformidade em nenhum dos terraços analisados, havendo casos em que a leitura de crista em um ponto ficou abaixo da leitura no fundo do canal em outra posição do mesmo terraço. A desuniformidade na crista, entre a seção mais alta e a mais baixa, variou de 18 cm a 60,5 cm. A seção Real de acumulação variou de 0,0 m2 a 1,4 m2. Com base nos resultados, conclui-se que: é necessária a inclusão do Cd nos cálculos de terraceamento ou o aumento dos valores de TR considerados; o projeto do sistema de terraceamento é realizado sem obedecer a critérios técnicos, traduzindo-se em ineficiência em campo; e, os terraços implantados apresentam falhas que comprometem o seu desempenho.

ASSUNTO(S)

atuação profissional soil conservation erosão conservação do solo desuniformidade de terraços irregularidade em terraços agronomia 1.erosão - goiás [estado] 2.conservação do solo 3.desuniformidade de terraços 4.irregularidade em terraços 5.atuação profissional erosion terraces inequality professional action

Documentos Relacionados