Atenção ao parto e nascimento em hospital universitário: comparação de práticas desenvolvidas após Rede Cegonha

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

29/04/2019

RESUMO

Objetivo comparar, após transcorridos quatro anos da implementação da Rede Cegonha, as práticas obstétricas desenvolvidas em um hospital universitário segundo classificação da Organização Mundial da Saúde. Método estudo transversal realizado no ano de adesão à Rede Cegonha (377 mulheres) e replicado quatro anos após (586 mulheres). Dados obtidos mediante prontuário e questionário estruturado. Na análise, utilizou-se o Teste Qui-quadrado. Resultados quatro anos após a Rede Cegonha, dentre as práticas da Categoria A (práticas comprovadamente úteis/boas práticas), aumentou a frequência de acompanhante, de métodos não farmacológicos, de contato pele a pele e de estímulo à amamentação e diminuiu a liberdade de posição/movimentação. Na Categoria B (práticas prejudiciais), houve redução de tricotomia e aumento de venóclise. Na Categoria C (práticas sem evidências suficientes), o Kristeller apresentou aumento. Na Categoria D (práticas utilizadas de modo inadequado), aumentou o percentual de toque vaginal acima do recomendado, de analgésicos e de analgesia e diminuiu a episiotomia. Conclusão esses resultados indicam a manutenção de uma assistência tecnocrática e intervencionista e direcionam para a necessidade de mudanças no modelo de atenção obstétrica. Um caminho consolidado mundialmente é a incorporação de enfermeiras obstetras/obstetrizes na assistência ao parto pelo potencial de utilização apropriada de tecnologias e redução de intervenções desnecessárias. Objective to compare, after four years of the implementation of the Stork Network, the obstetric practices developed in a university hospital according to the classification of the World Health Organization. Method cross-sectional study carried out in the year of adherence to the Stork Network (377 women) and replicated four years later (586 women). Data were obtained through medical records and a structured questionnaire. The Chi-square test was used in the analysis. Results four years after the implementation of the Stork Network, in Category A practices (demonstrably useful practices/good practices), there was increased frequency of companions, non-pharmacological methods, skin-to-skin contact and breastfeeding stimulation, and decreased freedom of position/movement. In Category B (harmful practices), there was reduction of trichotomy and increased venoclysis. In Category C (practices with no sufficient evidence), there was increase of Kristeller’s maneuver. In Category D (improperly used practices), the percentage of digital examinations above the recommended level increased, as well as of analgesics and analgesia, and there was decrease of episiotomy. Conclusion these findings indicate the maintenance of a technocratic and interventionist assistance and address the need for changes in the obstetric care model. A globally consolidated path is the incorporation of midwife nurses into childbirth for the appropriate use of technologies and the reduction of unnecessary interventions.

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