Association between sociodemographic characteristics and sexual behaviors among a nationally representative sample of adolescent students in Brazil

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/02/2019

RESUMO

Resumo: Ainda que adolescentes de estado socieconômico baixo tenham taxas mais altas de desfechos adversos de saúde sexual e reprodutiva, as evidências sobre a associação entre estado socieconômico e comportamentos sexuais é menos consistente. Uma análise seccional da associação entre características sociodemográficas (renda familiar, escolaridade materna e raça/cor) e comportamentos sexuais (iniciação sexual, múltiplos parceiros sexuais, uso inconsistente de preservativo e uso inconsistente de contracepção) de adolescentes brasileiros foi realizada com base na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015, um inquérito de representatividade nacional baseado em escolas com 102.301 adolescentes. As análises incluíram modelos logísticos multivariáveis levando em consideração características geográficas e familiares. Cerca de 27,5% dos adolescentes já haviam tido a primeira relação sexual. A renda domiciliar estava associada com a iniciação sexual feminina, enquanto raça/cor estava associada com uso de preservativo e múltiplos parceiros sexuais para os adolescentes. Por exemplo, adolescentes pretos tinham uma probabilidade 35% maior de ter múltiplos parceiros (ORa = 1,35; IC95%: 1,13-1,62), mas uma probabilidade 22% menor de usar preservativo (ORa = 0,78; IC95%: 0,65-0,94), quando comparados a adolescentes brancos. A supervisão parental frequente estava positivamente associada ao uso de preservativo (sexo feminino: ORa = 1,28; IC95%: 1,10-1,49 e sexo masculino: ORa = 1,33; IC95%: 1,18-1,49). Os resultados demonstram as relações complexas entre estado socieconômico e comportamentos sexuais. Pesquisadores devem prestar atenção nas normas de gênero, raciais e sociais relevantes para comportamentos sexuais em adolescentes, dado que elas podem influenciar a coleta de dados e os resultados. Políticas públicas nacionais também devem apoiar supervisão parental ativa, dado que esse pode ser um fator protetor.Abstract: Although low socioeconomic status (SES) adolescents suffer from higher rates of adverse sexual and reproductive health outcomes, evidence on the association between SES and sexual behaviors has been less consistent. A cross-sectional analysis of the association between sociodemographic characteristics (household wealth, maternal education and race/ethnicity) and sexual behaviors (sexual initiation, multiple sexual partners, inconsistent condom use and inconsistent contraceptive use) of Brazilian adolescents was carried out using the 2015 Brazilian National Survey of School Health (PeNSE), a nationally representative school-based survey of 102,301 adolescents. Analyses included multivariable logistic models, which accounted for geographic and family characteristics. About 27.5% of adolescents were sexually initiated. Household wealth was associated with female sexual initiation, while race/ethnicity was associated with condom use and multiple sexual partners among males. For instance, black males had 35% higher odds of having multiple partners (aOR = 1.35, 95%CI: 1.13-1.62), but 22% lower odds of condom use (aOR = 0.78, 95%CI: 0.65-0.94), compared to white males. Frequent parental supervision was positively related to condom use (females, aOR = 1.28, 95%CI: 1.10-1.49; and males, aOR = 1.33, 95%CI: 1.18- 1.49). Results show the complex relationship between SES and sexual behaviors. Researchers should pay attention to gender, racial and social norms salient to adolescent sexual behaviors, as they can influence data collection and results. National policies should also support active parental supervision, since it can be a protective factor.

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