ASSOCIAÇÕES TRANSVERSAIS ENTRE COGNIÇÃO E MOBILIDADE NA DOENÇA DE PARKINSON
AUTOR(ES)
Sousa, Nariana Mattos Figueiredo; Macedo, Roberta Correa; Brucki, Sonia Maria Dozzi
FONTE
Dement. neuropsychol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-03
RESUMO
RESUMO. Estudos transversais mostram associação entre declínio da flexibilidade mental e controle inibitório com redução da velocidade de marcha e quedas, assim como déficit de atenção dividida e dificuldade para iniciar a marcha. Objetivo: Investigar as relações entre a função cognitiva e o desempenho da marcha em pacientes com Doença de Parkinson (DP) que participaram de um programa de reabilitação hospitalar. Métodos: Um total de 107 pacientes (79 homens, 28 mulheres; idade média de 61,00±8,2 anos, média de escolaridade 11,7±4,1) apresentando DP idiopática (duração média da doença: 5,5±4,1 anos) foram recrutados para o estudo. Desses, 78,50% estavam nos estágios I e II da Hoehn e Yahr. As funções cognitivas foram avaliadas por meio do teste de Dígitos Spam, Teste de Trilhas e Exame Cognitivo de Addenbrooke (terceira versão). A função motora foi examinada por meio do teste de caminhada de 10 metros, Mini BESTest e teste Timed Up and Go. Resultados: As análises de correlação mostraram que as habilidades de equilíbrio estavam significativamente correlacionadas com a cognição global e com domínios específicos, incluindo atenção dividida, fluência verbal e função visuoespacial. Além disso, a mobilidade funcional apresentou correlação significativa com todos os testes cognitivos, exceto TMT-A (erro). A velocidade da marcha mostrou correlação significativa com escores globais de cognição, memória e atenção, incluindo atenção dividida. Conclusões: Esses achados podem ajudar na identificação precoce de déficits cognitivos ou disfunções motoras em pacientes com DP que podem se beneficiar de estratégias de reabilitação, facilitar avaliações de risco de queda e estratégias de prevenção de queda. Estudos prospectivos futuros são necessários para investigar os efeitos do treino cognitivo no desempenho motor, uma vez que a dificuldade na reabilitação motora pode estar mais relacionada à perda cognitiva do que aos prejuízos motores.
Documentos Relacionados
- MARCHA, POSTURA E COGNIÇÃO NA DOENÇA DE PARKINSON
- Uma revisão sobre depressão como fator de risco na Doença de Parkinson e seu impacto na cognição
- Confiabilidade e validade de uma escala de mensuração da mobilidade do tronco na doença de Parkinson: Escala de Mobilidade de Tronco
- Confiabilidade e validação de uma escala para mensuração da mobilidade de tronco na doença de Parkinson
- Relação entre disfagia e tipos clínicos na doença de Parkinson