Associações entre atividade física, comorbidades, sintomas depressivos e qualidade de vida relacionada à saúde em diabéticos tipo 2

AUTOR(ES)
FONTE

Arq Bras Endocrinol Metab

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-02

RESUMO

OBJETIVO: Investigar as associações entre atividade física, gravidade das comorbidades, sintomas depressivos e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. SUJEITOS E MÉTODOS: Todos os indivíduos, 200 pacientes e 50 controles, com idades entre 40 e 60 anos, foram analisados por entrevistas, e todas as variáveis foram medidas neste mesmo momento. A atividade física foi avaliada pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ); a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), pelo Short-Form Health Survey (SF-36); a gravidade das comorbidades, pelo Índice de Comorbidade de Charlson (CCI); e os sintomas depressivos foram avaliados pelo Inventário de Depressão de Beck (BDI-II > 16). A análise de regressão simples e múltipla avaliou os efeitos das variáveis independentes sobre a atividade física. RESULTADOS: Os pacientes apresentaram mais sintomas depressivos e maior gravidade das comorbidades (p < 0,005). Os pacientes diabéticos apresentaram melhores níveis de atividade (IPAQ) (p < 0,005). A Capacidade Funcional, a Condição Geral de Saúde e a Limitação Física foram as subescalas mais afetadas na avaliação da QVRS no SF-36. Os pacientes diabéticos sedentários apresentaram maior circunferência da cintura, proporção cintura-quadril, mais sintomas depressivos e pior QVRS. A Capacidade Funcional (p = 0,000), seguida pela Condição Geral de Saúde (p = 0,02), foram as subescalas de medida de condição de saúde associadas independentemente com a atividade física. CONCLUSÕES: Os achados sugerem que a independência dos pacientes e o tratamentos dos sintomas depressivos podem pro-mover a atividade física para pacientes com diabetes mellitus tipo 2. Sugere-se que atividades em grupo e o apoio da família/cuidadores podem compensar a dependência do paciente e aumentar a aderência ao programa de exercícios nos pacientes menos ativos.

ASSUNTO(S)

diabetes tipo 2 atividade física qualidade de vida sintomas depressivos capacidade funcional

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