Associação entre taxa de filtração glomerular (medida por cromatografia liquida de alto desempenho com iohexol) e oxalato plasmático

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Nefrol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/04/2018

RESUMO

RESUMO Introdução: A hiperoxalemia secundária é uma doença multifatorial que afeta vários órgãos e tecidos em pacientes com rins nativos ou transplantados. O oxalato plasmático pode aumentar durante a insuficiência renal porque é eliminado do corpo pelos rins. No entanto, há evidências escassas sobre a associação entre taxa de filtração glomerular e oxalato plasmático, especialmente nos estágios iniciais da doença renal crônica (DRC). Métodos: uma casuística centrada na descrição das variações na apresentação clínica. Foi realizado um estudo piloto a partir da análise transversal com 72 indivíduos. As taxas de filtração glomerular (TFG) e os níveis plasmáticos de oxalato foram medidos para todos os pacientes. Resultados: A TFG mediana (IIQ) foi de 70,50 [39,0; 91,0] mL/min/1,73 m2. O nível plasmático de oxalato foi < 5,0 µmol/L em todos os pacientes com TFG > 30 mL/min/1,73 m2. Entre os 14 pacientes com DRC grave (TFG < 30 mL/min/1,73 m2), apenas quatro apresentaram ligeiro aumento do nível plasmático de oxalato (entre 6 e 12 µmol/L). Conclusão: Na hiperoxalúria não primária, a concentração plasmática de oxalato aumenta quando TFG < 30 mL/min/1,73 m2 e, em nossa opinião, valores superiores a 5 µmol/L com TFG > 30 mL/min/1,73 m2 sugerem presença de hiperoxalúria primária. Estudos adicionais são necessários para confirmar o aumento do oxalato plasmático em pacientes com níveis baixos de TFG (< 30 mL/min/1,73 m2).

ASSUNTO(S)

taxa de filtração glomerular hiperoxalúria doença renal crônica

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