Associação entre tabagismo e paracoccidioidomicose: um estudo de caso-controle no Estado do Espírito Santo, Brasil
AUTOR(ES)
Santos, Werbena Aguiar dos, Silva, Bethania Moraes da, Passos, Elane Dellacqua, Zandonade, Eliana, Falqueto, Aloísio
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-02
RESUMO
A paracoccidioidomicose é a principal micose sistêmica em nosso meio, que exige tratamento prolongado, de alto custo, e que deixa seqüelas graves nos pulmões, órgãos mais freqüentemente acometidos e sujeitos ainda às agressões de fatores de risco externos, como o tabaco. Investigou-se, por meio de um estudo caso-controle, a influência do tabagismo e do alcoolismo no desenvolvimento da forma crônica da paracoccidioidomicose. Dados sobre a ocupação, moradia e hábitos de vida foram obtidos de 70 doentes e 180 controles. Os doentes fumavam e bebiam mais que os controles. A chance de adoecer foi 14 vezes maior entre os fumantes e 3,6 vezes maior entre os que bebiam acima de 50g/dia de álcool. Na regressão logística, foram significativas as variáveis consumo de tabaco por mais de 20 anos (OR = 10,1), consumo de cigarros industrializados (OR = 4,8) e consumo de álcool acima de 50g/dia (OR = 2,9). Os doentes que fumavam 20 ou mais cigarros/dia adoeceram em média oito anos antes que os demais (p = 0,002). O consumo de álcool acima de 50g/dia não influenciou na idade de adoecimento (p = 0,78). Conclui-se que o tabagismo constitui fator de risco para o desenvolvimento da paracoccidioidomicose; o alcoolismo atuaria como um co-fator, associado ao tabagismo.
ASSUNTO(S)
paracoccidioidomicose tabagismo alcoolismo fatores de risco
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