Associação entre o uso de hemocomponentes no perioperatório de transplante hepático e sobrevida em cinco anos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Introdução: O transplante hepático tem sido associado a grande perda volêmica e necessidade de transfusão sanguínea. A transfusão transoperatória de hemocomponentes pode contribuir para a morbi-mortalidade. Neste estudo avaliamos o impacto do uso de diferentes hemocomponentes durante toda a hospitalização na sobrevida em cinco anos após o transplante hepático e a associação entre variáveis intraoperatórias com a sobrevida no mesmo período. Método: Diversas variáveis, incluindo transfusão de hemocomponentes, função renal pré-operatória, perfil tromboelastográfico, tempo de internação no CTI e hospitalar foram avaliados em 93 pacientes adultos submetidos a transplante de fígado no período entre 2001 e 2004 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. As curvas de sobrevida foram avaliadas pelo método de Kaplan-Meier. As variáveis foram categorizadas e comparadas pelo teste exato de Fisher. Todas as variáveis testadas na análise univariada com P<0,2 foram incluídas na multivariada. Resultados: A quantidade média de hemocomponentes transfundidos até a alta hospitalar foi de 8,87+9,5 concentrados de hemácias, 3,77+8,17 unidades de plasma fresco congelado, 10,11+15,2 concentrados de plaquetas e 3,69+8,43 unidades de crioprecipitado. A sobrevida em um e cinco anos foi 81,7% e 76,5%. Ao contrário da transfusão transoperatória, o acumulado transfundido de hemácias, plasma ou plaquetas até a alta hospitalar foi associado a uma menor sobrevida em cinco anos após o transplante hepático. O perfil tromboelastográfico normal ou hipercoagulável, maior tempo de Introdução: O transplante hepático tem sido associado a grande perda volêmica e necessidade de transfusão sanguínea. A transfusão transoperatória de hemocomponentes pode contribuir para a morbi-mortalidade. Neste estudo avaliamos o impacto do uso de diferentes hemocomponentes durante toda a hospitalização na sobrevida em cinco anos após o transplante hepático e a associação entre variáveis intraoperatórias com a sobrevida no mesmo período. Método: Diversas variáveis, incluindo transfusão de hemocomponentes, função renal pré-operatória, perfil tromboelastográfico, tempo de internação no CTI e hospitalar foram avaliados em 93 pacientes adultos submetidos a transplante de fígado no período entre 2001 e 2004 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. As curvas de sobrevida foram avaliadas pelo método de Kaplan-Meier. As variáveis foram categorizadas e comparadas pelo teste exato de Fisher. Todas as variáveis testadas na análise univariada com P<0,2 foram incluídas na multivariada. Resultados: A quantidade média de hemocomponentes transfundidos até a alta hospitalar foi de 8,87+9,5 concentrados de hemácias, 3,77+8,17 unidades de plasma fresco congelado, 10,11+15,2 concentrados de plaquetas e 3,69+8,43 unidades de crioprecipitado. A sobrevida em um e cinco anos foi 81,7% e 76,5%. Ao contrário da transfusão transoperatória, o acumulado transfundido de hemácias, plasma ou plaquetas até a alta hospitalar foi associado a uma menor sobrevida em cinco anos após o transplante hepático. O perfil tromboelastográfico normal ou hipercoagulável, maior tempo de #!!" " internação no CTI e hospitalar e disfunção renal pré-operatória se associaram a menor sobrevida em 5 anos. Conclusão: Apesar de não poder demonstrar causalidade, a análise mostra que a sobrevida em cinco anos após o transplante de fígado diminuiu com a transfusão de concentrado de hemácias, plasma ou plaquetas durante a internação hospitalar.

ASSUNTO(S)

cirurgia teses. fígado transplante teses.

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