Associação entre o padrão alimentar e distúrbios metabólicos em crianças e adolescentes com urolitíase,

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-06

RESUMO

Resumo Objetivo: Descrever o padrão alimentar e a ocorrência de distúrbios metabólicos em crianças e adolescentes portadoras de urolitíase acompanhadas em hospital de referências no sul do Brasil a fim de conhecer as particularidades da urolitíase nessa população para melhor desenvolver ações de prevenção. Métodos: Estudo observacional descritivo realizado entre 2016 e 2017 em centro de referência em atenção terciária. Foram selecionados 40 pacientes de dois a 19 anos com urolitíase comprovada por exame de imagem. Dados clínicos e alimentares foram obtidos através de prontuário e entrevista. Para análise estatística, utilizou-se o teste qui-quadrado. Resultados: Foram analisados 40 indivíduos, 55% masculinos. Idade média ao diagnóstico 7,2 ± 4 anos; 25% tinham sobrepeso ou obesidade; 95% tinham distúrbios metabólicos, predominou a hipocitratúria. O consumo proteico e de carboidratos foi adequado em 100% e 70% dos participantes, respectivamente, 37,5% apresentaram ingestão de lipídeos acima do recomendado e 65% apresentaram ingestão de fibras alimentares abaixo do recomendado. O consumo diário médio de sódio foi de 2,64 g (± 1,74), com 55% acima do recomendado; 52,5% apresentaram baixa ingestão de potássio com média de 4,79 g/dia (± 2,49). O consumo de cálcio foi adequado em 27,5%. Não foram identificadas diferenças significativas em relação ao consumo médio diário dos nutrientes entre os participantes com ou sem os diversos distúrbios metabólicos. Conclusões: A urolitíase pediátrica é frequentemente acompanhada de distúrbios metabólicos, o que confirma a necessidade de avaliação metabólica adequada ao diagnóstico e análise do padrão alimentar a fim de identificar erros alimentares, aprimorar o tratamento desses distúrbios e prevenir recorrências e complicações.

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