Associação entre o nível de atividade física, qualidade de vida e características das mulheres com 60 anos ou mais / Association between physical activity level, quality of life and characteristics of women aged 60 years or more

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Objetivo: Avaliar o nível de atividade física e a qualidade de vida em mulheres idosas e os fatores associados. Sujeitos e Métodos: Estudo de corte transversal através de entrevistas individuais com 271 mulheres com 60 anos ou mais que frequentavam o Serviço Social do Comércio de Campinas - SESC / Campinas e pacientes do Ambulatório de Menopausa do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher - CAISM/UNICAMP. Os instrumentos utilizados foram o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ - Versão 8) e o World Health Organization Quality of Life in Older Adults (WHOQOL - OLD). Os resultados do IPAQ foram avaliados através de tercis e a associação entre resultados do WHOQOL-OLD e IPAQ e características das mulheres pelos testes de T de Student/Mann-Whitney ou ANOVA/Kruskal - Wallis, e de análises múltiplas. Resultados: A média etária das mulheres foi de 67,4 + 5,3 anos. A análise de cada domínio da atividade física mostrou que 60,8% do tempo foram em atividades sentadas. Ser frequentadora do SESC, ter maior idade, sem companheiro, maior escolaridade e boa autopercepção do estado de saúde foram características que se associaram significativamente à prática de exercícios físicos moderados ou vigorosos. Evidenciou-se com a análise múltipla que frequentar o SESC aumentou 11,4 vezes as chances de praticar exercícios físicos moderados vigorosos, ter 70 anos ou mais aumentaram em 3,3 vezes as chances e escolaridade entre segundo grau completo ou mais em 2,4 vezes as chances de praticar exercícios físicos de intensidade moderada ou vigorosa. O escore médio de qualidade de vida foi de 66,9 + 11,7. O maior valor foi observado no domínio referente às habilidades sensoriais (72,0 + 18,8) e o menor à autonomia (60,3+ 16,2). Mulheres frequentadoras do SESC, com maior idade, sem companheiro, menor escolaridade, com boa autopercepção da saúde, que não usavam medicamentos, sem antecedentes de doenças e de estrato social mais elevado apresentaram melhor escore de qualidade de vida. Com a regressão linear observou-se que uma boa autopercepção da saúde aumentou o escore de qualidade de vida em 7,3 pontos, número maior de medicamentos diminuiu em 4,4 pontos e a pratica de exercícios físicos moderados ou vigorosos aumentou em 4,8 pontos o escore. Observou-se uma associação estatisticamente significativa entre a prática de exercício físico de intensidade moderado/vigorosa e melhores escores de qualidade de vida. Conclusões: Evidenciou-se a necessidade de esforços para a mudança do tipo e intensidade da atividade física em mulheres com 60 anos ou mais, com diminuição significativa do tempo gasto em atividades sentadas, com o objetivo de se atingir as recomendações para uma melhora nas condições físicas e manutenção da saúde. Da mesma maneira são necessários investimentos educacionais, bem como a criação de centros de convívio cultura e lazer, acessíveis a essa e outras populações para que possam compreender cada vez mais a importância da prática de atividades físicas para uma melhor qualidade de vida

ASSUNTO(S)

sedentarismo envelhecimento saúde menopausa sedentary behavior aging health menopause

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