Associação entre número de embriões formados, morfologia embrionária e taxa de gravidez clínica após injeção intracitoplasmática de espermatozoides
AUTOR(ES)
Luz, Caroline Mantovani da, Giorgi, Vanessa Silvestre Innocenti, Coelho Neto, Marcela Alencar, Martins, Wellington de Paula, Ferriani, Rui Alberto, Navarro, Paula Andrea
FONTE
Rev. Bras. Ginecol. Obstet.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-09
RESUMO
Resumo Introdução A infertilidade tem uma alta prevalência na população geral, afetando 5 a 15% dos casais em idade reprodutiva. As técnicas de reprodução assistida ( TRA ) incluem a manipulação in vitro de gametas e embriões e são um importante tratamento indicado para esses casais. Sabe-se que a taxa de implantação é positivamente influenciada pela morfologia dos embriões transferidos. No entanto, questiona-se, se além da avaliação da morfologia do embrião, o número de embriões produzidos por ciclo também está relacionado com as taxas de gravidez do primeiro ciclo de transferência fresco. Objetivo Avaliar a taxa de gravidez clínica de acordo com o número de embriões formados e a transferência de embrião com ótima morfologia ( EOM ). Métodos Em um estudo de coorte retrospectivo, entre janeiro de 2011 e dezembro de 2012, avaliamos mulheres submetidas a ICSI com idade < 40 anos e com pelo menos um embrião formado e transferido a fresco em estágio de clivagem. Estas mulheres foram estratificadas em 3 grupos de acordo com o número de embriões formados (1 embrião, 2-3 e ≥ 4 embriões). Cada grupo foi subdividido em 2 subgrupos de acordo com a presença ou não de EOM transferido (1 com EOM; 1 sem EOM; 2-3 com EOM; 2-3 sem EOM; 4 com EOM; ≥4 sem EOM). As taxas de gravidez clínica foram comparadas em cada subgrupo segundo a presença ou não de pelo menos um EOM transferido. Resultados Durante o período do estudo, 636 mulheres tiveram pelo menos 1 embrião para ser transferido no primeiro ciclo a fresco (17,8% possuíram 1 embrião formado [32,7% com EOM versus 67,3% sem EOM], 42,1% das mulheres apresentaram 2-3 embriões formados [55,6% com EOM versus 44,4% sem EOM], e 40,1% das pacientes formaram ≥4 embriões [73,7% com EOM versus 26,3% sem EOM]). A taxa de gravidez clínica foi significativamente maior no subgrupo com ≥4 embriões formados com transferência de pelo menos 1 EOM (45,2%) comparando-se ao subgrupo sem EOM (28,4 % ). Conclusões Ter pelo menos dois embriões e pelo menos um EOM para transferência são fatores preditivos da taxa de gravidez.
ASSUNTO(S)
número de embriões avaliação morfológica qualidade embrionária gravidez clínica icsi
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