Associação entre a depressão pós-parto e a prática do aleitamento materno exclusivo nos três primeiros meses de vida,

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-08

RESUMO

Resumo Objetivo: Verificar a associação entre a depressão pós-parto e a ocorrência do aleitamento materno exclusivo. Método: Estudo de corte transversal feito nos estados da Região Nordeste, durante a campanha de vacinação de 2010. A amostra consistiu de 2.583 binômios mães-crianças entre 15 dias e três meses. Usou-se a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo para rastrear a depressão pós-parto. O desfecho consistiu da ausência de aleitamento materno exclusivo nas 24 horas que antecederam a entrevista. A depressão pós-parto foi variável explanatória de interesse e as covariáveis foram: condições socioeconômicas e demográficas, assistência pré-natal, ao parto e pós-natal e fatores da criança. Fez-se análise de regressão logística multivariada com o objetivo de controlar possíveis fatores de confusão. Resultados: A amamentação exclusiva foi observada em 50,8% das crianças e 11,8% das mulheres apresentaram sintomatologia indicativa de depressão pós-parto. Na análise de regressão logística multivariada foi verificada uma maior chance de ausência do aleitamento materno exclusivo entre as mães com sintomas de depressão pós-parto (OR = 1,67; p < 0,001). Conclusões: A depressão pós-parto contribuiu para redução da prática do aleitamento materno exclusivo. Assim, esse transtorno deveria ser incluído nas orientações de apoio desde o pré-natal e nos primeiros meses pós-parto, especialmente em mulheres de baixo nível socioeconômico.

ASSUNTO(S)

aleitamento materno depressão pós-parto desmame precoce lactentes cuidado da criança assistência pré-natal

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