Associação da cor/raça aos indicadores de saúde para idosos no Brasil: um estudo baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (2008)

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-07

RESUMO

Analisaram-se as desigualdades raciais na saúde de 18.684 idosos brasileiros com 65 anos ou mais, incluídos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008 (PNAD 2008), que autorreferiram sua cor/raça como branca, parda ou preta. Estimaram-se associações da cor/raça com autoavaliação do estado de saúde, incapacidade funcional e com o número de doenças crônicas em análises de regressão brutas e ajustadas (α = 0,01). Predominaram idosos brancos (56,2%). Na análise ajustada, a cor/raça parda associou-se positivamente com pior estado de saúde autorreferido (RC = 1,11; IC95%: 1,03-1,18) e a preta com o maior número de doenças crônicas (RP = 1,07; IC95%: 1,02-1,13). A cor/raça parda foi fator protetor para incapacidade funcional. Unindo-se pardos e pretos (negros), manteve-se a maior chance de os negros autorreferirem pior estado de saúde (RC = 1,09; IC95%: 1,02-1,16) e menor chance de incapacidade funcional (RC = 0,83; IC95%: 0,76-0,92). A cor/raça negra perdeu associação com o número de doenças crônicas. A cor/raça explicou parte das desigualdades em saúde dos idosos, mas outras variáveis socioeconômicas tiveram efeito mais marcante.

ASSUNTO(S)

origem Étnica e saúde desigualdades em saúde idoso

Documentos Relacionados