Assistência domiciliar: análise da atuação do profissional de enfermagem na interação com idoso portador de enfermidade crônica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

O estudo, de caráter qualitativo, realizado na cidade de São Paulo, teve como objetivos analisar a atuação do profissional de enfermagem na interação com o doente idoso portador de enfermidade crônica na assistência domiciliar, identificando as maiores dificuldades de interação dele com o idoso sob o olhar da família e do enfermo doente, e contribuir para a formulação de políticas sociais em relação à assistência domiciliar. Optou-se por utilizar como procedimento metodológico a observação participativa, em que a pesquisadora buscou uma maior profundidade das informações e a partir do contato com os comportamentos reais dos sujeitos, três idosos, três familiares e dois profissionais de enfermagem, compreendendo as várias facetas das situações que envolvem a atuação do cuidado ao idoso, sem isolá-las umas das outras. Foi aplicado um questionário contendo duas perguntas abertas para o profissional, cuidador familiar e enfermo. Em todas as etapas foi utilizado um diário de campo. A pesquisa mostrou que a atuação do profissional de enfermagem sofre as seguintes interferências: assistência domiciliar de longa permanência; institucionalização da assistência domiciliar no domicílio; isolamento do enfermo no próprio ambiente domiciliar; e o não reconhecimento do enfermo, pelo familiar, como acontecia antes da doença, falta de valorização do familiar cuidador, como membro integrante da equipe no cuidado ao doente em assistência domiciliar, o familiar cuidador é idoso; alta rotatividade de profissionais na assistência ao enfermo; falta de vínculo desses profissionais e a falta de preparo dos mesmos para atuação em assistência domiciliar; e falta de interação entre profissionais, família e idoso. Como a assistência domiciliar é uma realidade crescente no Brasil, e a população idosa é maior a cada ano, observou-se que este modelo de atenção deve ser desenvolvido a partir de análises e alternativas para melhorar a atuação da equipe de saúde na interação com o idoso portador de enfermidade crônica. Envolvendo o cuidado transcultural e critérios que considerem o contexto domiciliar e as relações modificadas nesse contexto, com a presença da instituição no domicílio sem institucionalizá-lo, a fim de possibilitar a melhora da interação dos profissionais com o doente e família, bem como entre si, garantindo o conforto do lar.

ASSUNTO(S)

idoso portador de enfermidade crônica enfermeiros e pacientes assistência domiciliar idosos doença crônica interação casa/domicílio profissional de enfermagem outros cuidador familiar idoso serviços de assistência domiciliar

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