Assistência ao nascimento na Bahia oitocentista
AUTOR(ES)
Barreto, Maria Renilda Nery
FONTE
História, Ciências, Saúde-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-12
RESUMO
Esse artigo aborda as culturas de assistência ao parto na Bahia oitocentista e trabalha com a hipótese de que, em Salvador, coexistiram duas culturas obstétricas: a dos médicos-parteiros, que faziam uso dos recursos técnicos e cognitivos disponibilizados pela obstetrícia como especialidade médica; e a das tradicionais parteiras, cujo saber era de natureza empírico-sensorial. Apesar de todo o esforço empreendido pelos médicos para angariar a confiança das famílias baianas, as parteiras continuaram hegemônicas na arte de 'aparar' crianças e de tratar das doenças de mulheres. A análise enfoca os segmentos sociais e profissionais que atuaram na assistência ao parto; o papel da Faculdade de Medicina da Bahia na formação e certificação das parteiras; e a utilização dos periódicos como meio de legitimação dos médicos-parteiros; ao tempo em que problematiza a pequena participação das parteiras nesses veículos de comunicação.
ASSUNTO(S)
assistência ao nascimento bahia (brasil) século xix
Documentos Relacionados
- "Raça" e forças armadas na Bahia oitocentista
- Vacina e vacinação antivariólica na Bahia oitocentista
- Indicadores de qualidade da assistência ao nascimento baseados na satisfação de puérperas
- Experiência da assistência humanizada ao nascimento na maternidade Cachoeirinha (HMEC) - São Paulo/SP
- Assistência hospitalar ao parto e nascimento: um Estudo de Avaliabilidade