ASSESSMENT OF BIOLOGICAL ACTIVITY OF EXTRACT DRY LYOPHILIZED REMIRIA MARITIMA AUBL. / AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLOGICA DO EXTRATO SECO DA REMIRIA MARITIMA AUBL.

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Remiria marítima Aubl., popularmente conhecida como Capim da praia é utilizada na forma de chás para o tratamento de diarréia, doenças renais, febre alta e como analgésico e antiinflamatório. Não há na literatura registros a respeito de suas propriedades biológicas. Portanto, este estudo foi desenvolvido visando avaliar a ação dos possíveis efeitos antimicrobiano, antioxidante, antinociceptivo e anti-inflamatório do extrato aquoso liofilizado da Remiria marítima Aubl. (ERMA) utilizando ensaios in vivo e in vitro. O extrato foi submetido primeiramente aos ensaios fitoquímicos. A atividade antimicrobiana foi avaliada in vitro pela técnica do método de disco difusão e concentração inibitória mínima. O efeito antioxidante foi verificado in vitro através do teste de medida da lipoperoxidação (TBARS), óxido nítrico (NO) e capacidade scavenger de radical hidroxila onde as concentrações do ERMA utilizadas foram 10 μg/mL, 100 μg/mL e 1 mg/mL. A atividade antinociceptiva foi avaliada através do teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético a 0,9% e da formalina 1%. O teste da placa quente foi realizado para avaliar possivel ação central do ERMA. O teste da coordenação motora foi utilizado para avaliar possíveis efeitos miorrelaxantes e sedativos do ERMA que pudessem interferir nos efeitos antinociceptivos. A atividade anti-inflamatória foi avaliada através do teste da peritonite induzida por carragenina a 1%. Os animais (n = 6/grupo) foram tratados 30 min antes de cada experimento, com o veículo (salina + tween 80 0,2%; i.p.) ou ERMA (100, 200 e 400 mg/kg; i.p.). A triagem fitoquímica mostrou a presença de diversas classes quimicas: fenóis, taninos condensados, alcalóides, cumarinas voláteis, flavonóides, saponinas e triterpenos. O ERMA demonstrou ação antimicrobiana frente as bactérias Gram-positivas e negativas. Adicionalmente, na avaliação da atividade antioxidante, no teste TBARS, houve uma redução da lipoperoxidação (p <0,001). No teste do NO, houve redução na formação de óxido nítrico (p <0,001). No teste para avaliar a capacidade scavenger de radical hidroxila foi significativo com (p <0,001). O tratamento com ERMA via intraperitonial produziu uma redução significativa do número de contorções abdominais 100 (26,0 2,1; p <0,01), 200 (25,1 2,4; p <0,01) e 400 mg/kg (19,3 2,9; p <0,001). No teste da formalina, houve uma redução da resposta álgica de maneira significativa apenas na segunda fase, 200 mg/kg (22,9 2,9; p <0,05) e 400 mg/kg (15,3 3,9; p <0,001). No teste da placa quente não houve diferença significativa no comportamento nociceptivo. No teste do Rota rod foi verificado que o ERMA não altera a coordenação motora dos animais. No teste da peritonite, o tratamento com ERMA promoveu uma redução significativa na migração dos leucócitos induzida pela carragenina em todas as doses 100 (8,9 0,1; p <0,01), 200 (6,6 0,2; p <0,01) e 400 mg/kg (3,9 0,6; p <0,01).. Os resultados sugerem que o ERMA possui efeito antimicrobiano, antioxidante, antinociceptivo e anti-inflamatório. Entretanto, novos estudos são requeridos para uma melhor avaliação e caracterização dos mecanismos envolvidos nesses efeitos.

ASSUNTO(S)

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