Aspergilose: um fator limitante na reabilitação de pingüins-de-Magalhães

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Microbiology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-09

RESUMO

O trabalho descreve fatores epidemiológicos, achados de necropsia, histológicos e o isolamento de Aspergillus flavus e A. fumigatus em pingüins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) em reabilitação no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM - 32ºS/52ºW), durante um período de dois anos. De janeiro de 2004 a dezembro de 2005 foram recebidos no Centro, 52 pingüins-de-Magalhães, dos quais 23% (12/52) morreram. Esses animais foram necropsiados e amostras de tecidos foram coletadas para exame histológico e microbiológico. De 12 animais necropsiados, aspergilose foi diagnosticada em 42% (5/12). Granulomas foram observados principalmente em sacos aéreos e pulmões e hifas septadas, hialinas e dicotômicas em ângulo agudo foram encontradas na histologia. Dois casos foram ocasionados por A. fumigatus, outros dois por A. flavus e em um caso o diagnóstico foi estabelecido pelas lesões macroscópicas observadas na necropsia, sem a coleta de amostra para isolamento e identificação fúngica. Os cinco casos da micose ocorreram no primeiro ano, período em que não havia um programa de desinfecção no Centro. Este trabalho ressalta a importância da aspergilose interferindo no processo de reabilitação de pingüins em cativeiro no CRAM, e enfatiza a necessidade da desinfecção ambiental na prevenção da micose, doença que causa uma alta taxa de mortalidade de aves marinhas encontradas na costa brasileira e encaminhadas ao CRAM.

ASSUNTO(S)

aspergilose reabilitação pingüins cativeiro

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