Aspergilose: um fator limitante na reabilitação de pingüins-de-Magalhães
AUTOR(ES)
Xavier, Melissa O., Soares, Mauro P., Meinerz, Ana Raquel M., Nobre, Márcia O., Osório, Luiza G., Silva Filho, Rodolfo P. da, Meireles, Mário Carlos A.
FONTE
Brazilian Journal of Microbiology
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-09
RESUMO
O trabalho descreve fatores epidemiológicos, achados de necropsia, histológicos e o isolamento de Aspergillus flavus e A. fumigatus em pingüins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) em reabilitação no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM - 32ºS/52ºW), durante um período de dois anos. De janeiro de 2004 a dezembro de 2005 foram recebidos no Centro, 52 pingüins-de-Magalhães, dos quais 23% (12/52) morreram. Esses animais foram necropsiados e amostras de tecidos foram coletadas para exame histológico e microbiológico. De 12 animais necropsiados, aspergilose foi diagnosticada em 42% (5/12). Granulomas foram observados principalmente em sacos aéreos e pulmões e hifas septadas, hialinas e dicotômicas em ângulo agudo foram encontradas na histologia. Dois casos foram ocasionados por A. fumigatus, outros dois por A. flavus e em um caso o diagnóstico foi estabelecido pelas lesões macroscópicas observadas na necropsia, sem a coleta de amostra para isolamento e identificação fúngica. Os cinco casos da micose ocorreram no primeiro ano, período em que não havia um programa de desinfecção no Centro. Este trabalho ressalta a importância da aspergilose interferindo no processo de reabilitação de pingüins em cativeiro no CRAM, e enfatiza a necessidade da desinfecção ambiental na prevenção da micose, doença que causa uma alta taxa de mortalidade de aves marinhas encontradas na costa brasileira e encaminhadas ao CRAM.
ASSUNTO(S)
aspergilose reabilitação pingüins cativeiro
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