Aspectos psicológicos e qualidade de vida na Residência Médica

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

21/03/2019

RESUMO

RESUMO Objetivo: avaliar a percepção de qualidade de vida entre residentes no primeiro ano de Residência Médica em relação aos residentes de outros anos, dada a importância dessa questão na saúde. Métodos: estudo comparativo, transversal e analítico realizado no período de fevereiro a abril de 2016, realizado em um hospital de trauma terciário de referência do Brasil. Médicos residentes foram submetidos voluntariamente ao questionário validado da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre qualidade de vida, o WHOQOL-BREF, com preenchimento online. Os residentes foram divididos em dois grupos: primeiro ano de residência (R1) e outros anos de residência. Resultados: noventa e sete residentes de diversas especialidades médicas responderam ao questionário. Desses, 59 eram homens e 38, mulheres. A média de idade foi de 27,7 anos. Residentes do primeiro ano representaram 49,5% dos entrevistados. A qualidade de vida de maneira global foi considerada regular em ambos os grupos. Em relação ao domínio psicológico, houve diferença significativa entre o R1 (este, com piores escores neste domínio) e os demais anos de residência (p<0,0000001). Conclusão: a qualidade de vida dos residentes do primeiro ano é pior em relação aos demais, tendo uma variação significativa de sentimento positivo, capacidade de aprender, memória, pensamento e concentração, autoestima, imagem corporal e aparência e sentimentos negativos em relação aos médicos residentes dos outros anos.ABSTRACT Objective: to evaluate the perception of quality of life among residents in the first year of Medical Residency compared to the one among residents in other years of training, given the importance of this issue in health. Methods: a comparative and cross-sectional analytical study performed from February to April 2016 in a reference tertiary trauma hospital in Brazil. Resident physicians were voluntarily submitted to an online questionnaire on quality of life (called WHOQOL-BREF), validated by World Health Organization (WHO). They were divided into two groups: first year of residency (R1) and other years of residency. Results: ninety-seven residents of several medical specialties answered the questionnaire. Of these, 59 were men and 38 were women. The mean age was 27.7 years. First-year residents accounted for 49.5% of the interviewees. Overall, quality of life was considered regular in both groups. In relation to psychological domain, there was a significant difference between the R1 group (with worse scores in this domain) and the non-R1 group (p<0.0000001). Conclusion: first-year residents’ quality of life is worse than the one of the residents from other years, having a significant variation of positive feelings, learning capacity, memory, thought and concentration, self-esteem, body image and appearance, and negative feelings.

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