Aspectos morfológicos do fígado de tartaruga-da-amazônia Podocnemis expansa (Schweigger, 1812) (Testudines, Podocnemididae) e Phrynops geoffroanus (Schwiegger, 1812) (Testudines, Chelidae)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

CAPÍTULO II: Objetivou-se com este trabalho caracterizar morfologicamente o fígado de Podocnemis expansa. Para tal, vinte fígados de P. expansa (tartaruga-da-amazônia), clinicamente saudáveis, machos e fêmeas, pesando entre 2,0 e 4,5 Kg, do Criatório Comercial Fazenda Moenda da Serra, Araguapaz, Goiás, foram analisados macro e microscopicamente. Procedeu-se a abertura da cavidade celomática e observou-se a topografia dos órgãos a fresco. Após preparo histológico, as lâminas foram coradas com H.E., P.A.S., Tricômico de Gomori, Reticulina e Picrosirius. O fígado da P. expansa apresenta-se como um órgão bastante volumoso, com formato aproximadamente retangular e de coloração marrom, variando entre tonalidades claras e escuras e é dividido em lobo direito, lobo esquerdo e lobo central. O lobo direito é o maior e a vesícula biliar situa-se numa escavação da sua porção caudal e dela parte o ducto biliar que desemboca no duodeno. Histologicamente, os hepatócitos, ao corte longitudinal, se assemelham a cordões duplos circundados por tortuosos capilares sinusóides. Ao corte transversal, assemelham-se aos ácinos, contando com aproximadamente dois a cinco hepatócitos, que circundam um provável canalículo biliar central. Os hepatócitos apresentam formato poliédrico ou piramidal, tamanhos uniformes com alguns núcleos centrais e outros deslocados perifericamente e o citoplasma pouco eosinofílico, quando analisado pela técnica de coloração hematoxilina-eosina. O parênquima é sustentado por delicadas fibras reticulares que circundam hepatócitos e sinusóides. Observou-se grande quantidade de melanomacrófagos no parênquima e nos espaços perisinusoidais, principalmente próximo aos espaços porta. CAPÍTULO III: O objetivo foi caracterizar morfologicamente o fígado de Phrynops geoffroanus, popularmente conhecido como cágado-de-barbicha, utilizando seis espécimes provenientes do rio Uberabinha, Uberlândia, MG. Métodos anatômicos e histológicos foram empregados nas análises e os aspectos microscópicos foram descritos após preparo histológico. Fragmentos do fígado foram fixados em formol a 10% e álcool absoluto, incluídos em parafina, seccionados a quatro μm e corados em H.E., P.A.S., Tricômico de Gomori e Reticulina. O fígado da P. geoffroanus apresenta-se como um órgão bastante volumoso, de coloração marrom clara com manchas negras, que representam depósitos de melanina, e é dividido em quatro lobos denominados lateral direito, medial direito, lateral esquerdo e medial esquerdo. Os hepatócitos, ao corte longitudinal, se assemelham a cordões duplos circundados por tortuosos capilares sinusóides, apresentam formato poliédrico, tamanhos variados, aspecto vacuolizado, com núcleos deslocados perifericamente, o citoplasma pouco eosinofílico e muito reativo ao PAS, sugerindo abundância de glicogênio intracitoplasmático. O parênquima hepático é sustentado por delicadas fibras reticulares que circundam hepatócitos e sinusóides. Possui grande quantidade de melanomacrófagos no parênquima e nos espaços perisinusoidais, principalmente próximos aos espaços porta.

ASSUNTO(S)

histology morfologia morfologia (animais) répteis medicina veterinaria morphology liver testudines histologia tartaruga - morfologia chelidae reptiles chelidae fígado podocnemididae podocnemididae histologia veterinária testudines

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